O Serviço de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) promove nesta quarta-feira, dia 17, das 08h as 14h, na praça Ary Coelho – Centro de – ação de combate e prevenção à sífilis, doença que muitas vezes não apresenta sintomas e tem crescido assustadoramente em todo o país. Além de testes para detectar a infecção da doença, serão disponibilizados exames de HIV e hepatite C.  A iniciativa integra a séria de atividades realizadas durante todo o mês em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis.

A coordenadora do serviço de IST, Denise Leite Lima, explica que também haverá orientações de prevenção, distribuição de preservativos e material educativo. Em caso de confirmação para sífilis ou para qualquer outra doença diagnosticada através do teste, a pessoa será referenciada para tratamento.

“A forma mais segura de se proteger da transmissão da sífilis é usar camisinha na relação sexual. A sífilis é transmitida por uma bactéria e tem três fases de desenvolvimento, podendo inicialmente não apresentar sintomas. Se não for tratada, no entanto, pode comprometer vários órgãos, como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso”,reforça a coordenadora.

A doença também pode ser transmitida através do compartilhamento de agulhas ou seringas ou da mãe infectada para o bebê, durante a gravidez ou no parto, nesse caso chamada de sífilis congênita, que pode causar aborto, má-formação do feto e até a morte do bebê.

Dia D – Mutirão do Povo

No dia 20 (terceiro sábado do mês) será realizado o Dia D de mobilização, prevenção e testagem da doença, no Mutirão do Povo que vai acontecer na Escola Municipal Professor Tereza Rodrigues, no bairro Santa Emília.

Dia Nacional de Combate à Sífilis

O terceiro sábado de outubro é o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A data e o mês são importantes para alertar a população sobre os riscos de contaminação e as formas de prevenção.

Durante todo o mês de outubro, as ações de prevenção e diagnóstico estão sendo intensificadas em todas as unidades básicas de saúde do município (UBS/UBSF), com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre o tema.

O teste rápido disponível nas UBS/UBSF são exames confirmatórios da doença e que podem ser realizados por pessoas de todas as idades. O tratamento, também é realizado nestes locais, não havendo necessidade de encaminhamento para local específico.

Tais ações fazem para do Projeto Sífilis Não, idealizado em parceira com o Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, que tem como objetivos principais reduzir a sífilis adquirida e em gestante, além de eliminar a forma congênita da doença.

Doença

A sífilis tem cura e é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida de uma pessoa infectada para outra durante o sexo desprotegido, através da transfusão de sangue e da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto. A doença pode se manifestar em três estágios e os maiores sintomas ocorrem durante as duas primeiras fases, período em que é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintomas, e, por isso, dá-se a falsa impressão de cura da doença.

Sintomas

Entre 7 a 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado surgem os primeiros sintomas que são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços (ínguas) nas virilhas. Elas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, todavia, a pessoa continua doente e transmitindo a doença em relações sexuais desprotegidas.

Algum tempo após o período inicial da doença, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e quedas dos cabelos. Esses sintomas também desaparecem, dando a ideia de melhora. Entretanto a doença pode fica estacionada por meses ou anos, até que surgem as complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar a morte.

Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio.

Diagnóstico

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a doença na forma congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O exame está disponível para a população em geral em todas as unidades básicas de saúde (UBS) e de saúde da família (UBSF) e são realizados pelos enfermeiros.

Durante a gestação o teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

Tratamento

Após o diagnóstico da sífilis, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e é recomendado pelo profissional de saúde. Os parceiros das gestantes também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito, pois é o único método capaz de tratar a mãe e o bebê. Nos casos de sífilis em bebê, a criança necessita ficar internada para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê. (Assessoria)