Sem recursos, escola modelo em área de difícil acesso no Pantanal fecha as portas

Unidade dispunha até de clínica médica e odontológica

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Unidade dispunha até de clínica médica e odontológica

Responsável pela educação de cerca de 40 crianças, em área de difícil acesso, no Pantanal do Paiaguás, em Corumbá, distante 444 km de Campo Grande, a Escola Fazenda Santa Mônica teve as atividades paralisadas, em 2018, por falta de recursos financeiros. No local, crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, cursavam o ensino fundamental em regime de internato. Para 2018, 35 alunos já estravam matriculados.Sem recursos, escola modelo em área de difícil acesso no Pantanal fecha as portas

A escola, modelo em educação, atendia crianças em um raio de mais de 100 km do Paiaguás, a maioria delas filhas de trabalhadores das fazendas vizinhas. Alunos de regiões mais distantes, por vezes, permaneciam no local por mais de 270 dias, durante o ano letivo.

A Secretaria de Educação do município contribuía com educadores e merenda aos alunos, entretanto, o espaço foi construído com recursos próprios de um empresário paulista inconformado com o fato de que filhos de seus funcionários não tinham acesso à educação por falta de escolas próximas à região.

“A escola fica em um lugar muito distante de difícil acesso, e o custo é muito alto para manter a unidade, visto que os professores têm que ir de avião até a fazenda, e precisamos de quatro professores, precisamos de monitores, toda a alimentação chega através de lancha pelo rio Paraguai até no rio São Lourenço e posteriormente transportada de trator, e com isso o custo mensal da escola ficou muito oneroso, muito alto e por isso nós tivemos que fechar”, afirmou Suzana Lima, coordenadora do local.

O empresário também arcava com os cursos de estruturação das salas e manutenção, incluindo funcionários, coordenadores, limpeza e locomoção do espaço. O custo mensal para a manutenção do espaço, gira em torno de R$ 30 mil mensais.

Escola Modelo

A escola contava com três salas de aula, com classes multisseriadas, cozinha, lavanderia, almoxarifado, sala multimídia, sala de informática com computadores, biblioteca com aproximadamente 300 exemplares de livros infantis e coleções para adolescentes, alojamentos masculino e feminino, campo de futebol e vôlei.

Na área da saúde, também era disponibilizado aos alunos um moderno consultório de odontologia, podendo atender aos mais variados procedimentos, um consultório de oftalmologia, além de clínica geral, o que, sem recursos e apoio, tornou-se inviável.

“Construímos uma escola com estrutura que não se encontra nem na cidade, mas manter esse espaço em pleno Pantanal ficou muito difícil para nós”, conta a coordenadora.

Segundo Suzana, tão logo hajam recursos e parceiros, as atividades no local devem ser retomadas, haja vista que toda estrutura permanece montada e pronta para receber novos alunos.

Contribuição

Interessados em contribuir parta que a escola não feche as portas definitivamente podem entrar em contato pelo telefone 67) 9-9983-8829 ou e-mail [email protected]

(Com informações do Folha MS)

 

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