Reajuste na tarifa de energia pode impactar indústria em R$ 23 milhões

De acordo com a Fiems, impacto será sentido pelo consumidor

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De acordo com a Fiems, impacto será sentido pelo consumidor

A revisão da tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul terá efeitos negativos para a indústria, aponta levantamento Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul). O reajuste de 7,91% para o setor industrial pode resultar em um aumento de custo de R$ 23,3 milhões para os empresários sul-mato-grossenses e consumidores sentirão impacto.

O reajuste é considerado um erro pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, que alega que o aumento está acima da inflação e não era esperado. “Se nós temos uma inflação controlada, em torno de 3% ao ano, como nós vamos suportar, de uma hora para outra, um reajuste de energia elétrica para o setor industrial de aproximadamente 8%?”, questiona. De acordo com o presidente, o aumento afeta o custo da produção industrial e este impacto irá refletir no preço dos produtos e serviços.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também autorizou um aumento de 10,75% na conta de energia elétrica dos consumidores residenciais e somado com o índice para o setor industrial, o reajuste médio é de 9,87%. As novas tarifas entram em vigor a partir do próximo dia 8 de abril para unidades consumidoras em 73 municípios do Estado atendidos pela Energisa.

Os índices homologados estão divergentes dos preliminares apresentados pela Aneel em Campo Grande, durante audiência pública realizada em 8 de fevereiro, quando os números para a indústria seriam maiores do que para os consumidores residenciais. Nos índices preliminares, a previsão era de que a tarifa fosse reajustada em 11,82% para a indústria e em 8,35% para consumidores residenciais. Segundo a Energisa, no entanto, os números estão dentro das especificações técnicas da Aneel.

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