Por ‘adicional de fronteira’, policiais fazem manifestação em MS
Manifestação ocorreu simultaneamente em 4 cidades
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Manifestação ocorreu simultaneamente em 4 cidades
Cerca de 200 policiais civis lotados em municípios sul-mato-grossenses que fazem fronteira com a Bolívia e Paraguai fizeram manifestação, na tarde da segunda-feira (26), em prol da criação de um adicional de fronteira. Promessa de campanha do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o adicional é uma das lutas do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) para valorizar os policiais que atuam na região, onde um policial civil foi morto no início do mês.
Por meio de panfletagens e de abordagens nas ruas, os cerca de 200 policiais buscaram sensibilizar a população quanto a necessidade de criação do adicional, cujo valor ainda precisa ser estabelecido por meio de uma nova lei. De acordo com o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Corrêa Miranda, a manifestação ocorreu simultaneamente em quatro cidades fronteiriças, Corumbá, Bela Vista, Mundo Novo e Ponta Porã – nesta, o policial civil Wescley Vasconcelos Dias foi executado por membros do PCC no início de março, o que gerou revolta na categoria.
Segundo o Sinpol, a reivindicação do adicional já havia sido feita no início do ano, mas a execução de Wescley Vasconcelos reacendeu os ânimos. “Nós já nos reunimos com o governo para cobrar esse adicional. Vamos continuar cobrando, fazendo outros atos, manifestos, até conseguirmos que um projeto de lei vá à votação”, aponta Miranda.
A criação do adicional provavelmente esbarra em dotação orçamentária, já que Miranda garante que a lei não enfrentaria problemas para ser aprovada na Assembleia Legislativa. “Conversamos com frequência com os deputados e não encontramos qualquer resistência por parte deles. Queremos o apoio da população para pressionar o governo para garantir esse adicional”, aponta Miranda.
Situação das Delegacias
Na ocasião da execução de Wescley Vasconcelos, a mobilização do Sinpol-MS também resultou num levantamento das instalações referentes à segurança pública nas delegacias do Estado, sobretudo na fronteira. De acordo com a entidade, diversas unidades como delegacias e instalações afins ofereciam pouca infraestrutura para que policiais efetuassem seus trabalhos.
Com o relatório do Sinpol em mãos, a ouvidora da Polícia Civil, Sidnéia Tobias, efetuou levantamento da situação das delegacias, de forma embasar e encaminhar as cobranças à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
“Procurei saber em que condições estavam essas delegacias e constatei que muitas, inclusive a de Ponta Porã, já estão sendo reformadas. Mas, outras ainda estão para ser empenhadas”, destaca. Ela também afirma que encaminhou o relatório do Sinpol para o delegado-geral, para que chegasse à Sejusp e ao governador. “Fiz o que estava dentro das minhas atribuições como ouvidora”, explica.
À reportagem, Sidnéia também destacou que é favorável à revindicação dos policiais civis. “É totalmente legítimo. Os policiais que atuam na fronteira, de fato, correm risco maior. A fronteira é um espaço extremamente problemático e em todas as reuniões nós fazemos a reivindicação do adicional, assim como cobramos que todas as unidades policiais tenham estrutura melhor de trabalho e melhor entrosamento com todas as polícias que atuam na fronteira”, conclui.
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