Diagnosticada com asma desde 2006, a dona de casa Maria Lucilene Acosta Batista tem enfrentado, desde o mês passado, dificuldade de conseguir na Casa da Saúde o medicamento fumarato de formoterol/ budesonida, que trata a condição. Neste mês, ela foi novamente tentar retirar o medicamento, que continua indisponível.
“Estou diminuindo as doses que ainda tenho para economizar, porque não posso ficar sem. Tenho feito até xarope para amenizar a asma, mas nesse tempo seco é muito difícil”, declara a dona de casa. Desde que não conseguiu retirar a droga, ela verifica semanalmente a disponibilidade e infelizmente não dispõe de dinheiro para adquirir o fármaco em farmácias particulares.
De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), que coordena a Casa da Saúde (Cafe), o medicamento de fato segue em falta, apesar do empenho de compra já ter sido efetuado – o problema estaria no fornecedor, que ainda não efetuou a entrega. A pasta não precisou um prazo para normalização da distribuição do remédio.
Também em falta
A família de um bebê de dois meses diagnosticado em Campo Grande com hiperplasia adrenal congênita, rara doença que afeta uma em cada 20 mil pessoas e que compromete o funcionamento da glândula suprarrenal, também está sendo afetada pela falta de um medicamento na Casa da Saúde.
A alta do bebê é condicionada à aplicação da droga diária da droga em ambiente doméstico. Porém, além do florinefe estar em falta para distribuição gratuita, também tem estado indisponível para venda na rede particular.
Após tomar ciência das especificidades do caso, a Casa da Saúde flexibilizou a liberação do remédio, que normalmente é mediante processo. À reportagem, a SES também informou que o medicamento está em falta no distribuidor devido a um problema na produção do mesmo. O problema, no entanto, teria sido resolvido e a distribuição deverá ser normalizada em cerca de 15 dias.