O caso aconteceu nesta segunda-feira, na UBS do Guanandy

Na madrugada desta segunda-feira (15), o copeiro José Alves da Silva Junior, 28 anos, saiu de casa com a mãe dele às 2h20. Os dois caminharam até a UBS (Unidade Básica de Saúde) Dona Neta, no Guanandy, onde chegaram às 2h40, para agendar consulta médica, e se depararam com uma fila imensa, na qual, segundo ele, haviam pessoas que foram pagas para guardar a vaga de atendimento.

“É um absurdo colocar pessoas para guardar a vaga por dinheiro. Saio de casa com minha mãe de madrugada, em tempo de acontecer alguma coisa, para chegar lá ter cinco vagas e já estarem ocupadas por pessoas que nem ficaram lá. Estou revoltado com a situação”, desabafou o copeiro.

Junior levou a situação até a administração da UBS, que, segundo ele, não tomou nenhuma atitude. “Eles sabem do que acontece e dizem que não podem fazer nada a respeito”, comenta.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), todas as medidas judiciais estão sendo tomadas para identificar os envolvidos, tanto quem vendeu a vaga, quanto quem comprou.

O órgão também orienta que é muito importante que pacientes que passem pela mesma situação na fila formalizem a reclamação na Ouvidoria SUS (3314-9955 atende ligação a cobrar) ou pelo aplicativo Fala para relatar os fatos ocorridos, a fim de que outras medidas possam sem implementadas.

– A Ouvidoria SUS recebe elogios, reclamações e solicitações de informações dos usuários da saúde e é o canal para formalizar tais demandas.

Paciente denuncia venda de vagas em posto de saúde e Sesau promete apurar

Neste tipo de agendamento, o paciente ao chegar na unidade tem a sua demanda acolhida por meio da Escuta Qualificada e após a classificação de risco para atendimento na unidade básica, tem a consulta agenda, sem a necessidade de permanecer na fila antes da abertura do local.