MS teve 3,7 mil afastamentos no trabalho motivadas por fraturas e traumas em 2017

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) divulgou que, em Mato Grosso do Sul, 3.727 trabalhadores pediram afastamento dos empregos por fraturas ou traumas durante o expediente no ano passado. Em MS, as fraturas no punho e na mão são as principais causas dos pedidos de afastamento. Conforme informações do MTE, há 20 causas que […]

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O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) divulgou que, em Mato Grosso do Sul, 3.727 trabalhadores pediram afastamento dos empregos por fraturas ou traumas durante o expediente no ano passado. Em MS, as fraturas no punho e na mão são as principais causas dos pedidos de afastamento.

Conforme informações do MTE, há 20 causas que são as responsáveis pelos afastamentos nos trabalhos por mais de 15 dias, seja por acidentes ou adoecimentos. As licenças por dores na costas chamou atenção no levantamento e aparece na lista em sexto lugar.

Confira o ranking de MS com as principais causas, segundo dados de 2017 do INSS:

20 principais causas de afastamento:MS
Fratura ao nível do punho e da mão402
Fratura da perna, incluindo tornozelo362
Fratura do pé (exceto do tornozelo)260
Fratura do antebraço256
Fratura do ombro e do braço201
Dorsalgia (dor nas costas)185
Lesões do ombro148
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos ao nível do tornozelo e do pé122
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos do joelho94
Amputação traumática ao nível do punho e da mão91
Ferimento do punho e da mão85
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos da cintura escapular72
Fratura do fêmur68
Transtornos internos dos joelhos66
Sinovite e tenossinovite60
Traumatismo superficial da perna60
Fratura da coluna lombar e da pelve58
Fratura de costela(s), esterno e coluna torácica51
Traumatismos múltiplos não especificados47
Traumatismo superficial do tornozelo e do pé42
Total de benefícios concedidos por acidentes e adoecimentos no trabalho3.727

Dores nas costas chama atenção

As dores nas costas são a quinta maior causa de afastamento no trabalho por mais de 15 dias no país, atrás apenas de casos de fraturas. No ano passado, foram 12.073 casos de dorsalgia, como são conhecidas as dores nas costas, correspondente a 6,13% de um total de 196.754 afastamentos.

Em 2017, os casos de afastamento por dorsalgia só ficaram atrás das fraturas de punho e mão (22.668 casos), de pernas, incluindo tornozelo (16.911), de pé (12.873) e de antebraço (12.327).

As dores nas costas são a primeira causa de afastamento, incluindo lesões por acidentes de trabalho, em sete Estados brasileiros: Acre, Alagoas, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí e Rondônia. Em Mato Grosso do Sul, as dores nas costas são a 6ª principal causa de afastamento.

A dor mais comum é a lombar, segundo o auditor-fiscal do Trabalho Jeferson Seidler. “O problema geralmente tem origem muscular ou nos ligamentos, mas as hérnias de disco intervertebral também têm impacto importante”, diz.

O auditor afirma que as atividades que envolvem movimentação manual de cargas estão entre as que mais oferecem risco. Em seguida aparecem as funções em que o trabalhador permanece por longos períodos na mesma posição.

Entre as ocupações que geram mais afastamentos por dores nas costas, entre aquelas com mais de 50 mil vínculos empregatícios, estão as de entrega de correspondências, transporte rodoviário de longas distâncias, fabricação de automóveis, frigoríficos, comércio atacadista de bebidas, coletas de resíduos, construção civil e atividades de atendimento hospitalar.

“A área hospitalar, por exemplo, sempre é citada em estudos sobre dorsalgias ocupacionais, devido principalmente às movimentações de pacientes acamados”, afirma Jeferson Seidler.

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