Convivendo com uma das principais vias do Residencial Maria Aparecida Pedrossian no escuro, os moradores que precisam passar pela Avenida Manoel Padial durante a noite temem pela insegurança devido a falta de iluminação pública.
À reportagem do Jornal Midiamax, o diretor da Amape (Associação de Moradores do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian), Breno Fabris, disse que dois protocolos foram abertos no ‘Fala Campo Grande‘, aplicativo destinado aos moradores para que solicitem e enviem sugestões à prefeitura, além disso, pedido diretamente à ouvidoria foi feito, mas até então, o problema não foi resolvido.
“A população está com medo de passar no local com medo de ser assaltado. Os moradores ligam no 156 ou na Ouvidoria e alegam que já foi resolvido, mas o problema continua”, comentou Breno. Em imagem enviada através do WhatsApp do Midiamax, o leitor ilustrou como está a situação do local: na escuridão.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal para verificar e foi informada que: “Já há uma equipe na região do Bandeiras que vai atuar em todo o Conjunto habitacional Maria Aparecida Pedrossian nos próximos dias”.
*Matéria atualizada às 18h48
Mas como os moradores podem solicitar a manutenção do serviço nas ruas onde moram? Confira o passo-a-passo:
Primeiramente o morador deve entrar em contato com a central de denúncias da Prefeitura Municipal, no 156, e relatar o problema que está enfrentando com a iluminação pública. Posteriormente, será gerado um cadastro com o CPF (Cadastro de Pessoa Física) do morador e o endereço (com nome da rua, CEP e número) de onde o requerente quer que seja feita a troca de lâmpadas.
Depois de feito o cadastro do morador e informado o endereço de onde está localizado o poste com defeito, o atendente informará o protocolo de atendimento contendo 10 caracteres numéricos.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o morador não irá receber um prazo de feedback e nem quando o serviço será realizado, pois a conclusão da manutenção depende exclusivamente da equipe da região do bairro solicitado.
Por conta disso, no prazo em que achar melhor, a pessoa deverá entrar em contato diretamente com a Ouvidoria no telefone 3314-4639. O funcionário que atender solicitará o protocolo de 10 números da ordem de serviço para verificar o andamento da solicitação.
O morador também pode acessar o site “Fala Campo Grande”, clicando aqui, e verificar o procedimento acessando o cadastro feito através do CPF no 156.
Também é possível realizar denúncia através do aplicativo “Fala Campo Grande”, lançado em agosto de 2017. Na plataforma é possível que o morador faça a sua solicitação diretamente com a ouvidoria da prefeitura. Para fazer o download, basta clicar aqui.
Polêmica na licitação
Após fim do processo licitatório, a Prefeitura divulgou que as empresas Construtora JLC e Construtora B & C venceram a licitação com a proposta de cobrar R$ 11,1 milhões por ano pelos serviços. Já as empresas eliminadas durante os trâmites, denunciaram que, em cinco anos, a manutenção da iluminação pública deverá custar R$ 11 milhões a mais para os cofres. TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) e MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) investigam.
Três empresas participantes entraram na Justiça para suspender o processo licitatório, acusado de “excesso de formalismo” e suspeito de ser direcionado para favorecer concorrentes. Das duas ações, duas já tiveram decisões contrárias, que serão alvo de recurso em segunda instância. E um terceiro processo segue em trâmite.
As empresas Construtora JLC e Construtora B & C venceram a licitação com a proposta de cobrar R$ 11,1 milhões por ano pelos serviços. Caso os contratos com as empresas sejam prorrogados ao máximo, em cinco anos custarão R$ 55,6 milhões.
Segundo o representante legal da Age Comercial, uma das empresas desclassificadas na licitação, o valor poderia ser bem menor. “Nossas empresas apresentaram preços até 20% menores do que o das vencedoras. O erário público vai ter um preuízo de R$ 11 milhões ao longo de cinco anos”, calcula o empresário Júlio Cezar Gomes Mareco.
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