Madeira retirada em obra da Estrada Parque de Piraputanga é doada para UEMS

Depois da denúncia de desmatamento na obra da MS-450, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que a madeira retirada foi doada para a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). A estrada que interliga os distritos de Palmeiras, Piraputanga e Camisão, nos municípios de Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana, Há uma […]

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Depois da denúncia de desmatamento na obra da MS-450, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que a madeira retirada foi doada para a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). A estrada que interliga os distritos de Palmeiras, Piraputanga e Camisão, nos municípios de Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana,

Há uma semana, o Jornal Midiamax recebeu denúncias sobre o desmatamento de árvores e a venda ilegal de madeira pela empresa que executa a obra. Depois da denúncia, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que as rodovias estaduais estarão com uma faixa de domínio de 40 metros de largura e que algumas árvores podem ser derrubadas por questão de segurança.

A obra da estrada começou em agosto do ano passado e até então foram derrubadas 1.668 árvores, com DAP (Diâmetro a Altura do Peito) de 15 a 30 centímetros. A estimativa é que 880 metros cúbicos de madeira tenham sido retiradas na obra, segundo Agesul. Toda esta quantidade foi doada para a UEMS, que havia feito a solicitação em abril deste ano. “[Houve] solicitação de doação da madeira para serem utilizadas para construção de um quiosque para palestras, bancos para um anfiteatro e construção de 3 três passarelas na Trilha do Tamanduá e outra passarela para acesso ao Sítio Arqueológico presente na UEMS”, explica.

O Tenente-Coronel Queiroz, da PMA (Polícia Militar Ambiental) explica que a retirada de árvores próximas ao trajeto da estrada é legalizada e que o correto é não ter árvores próximas da passagem dos carros para evitar acidentes. “É bom não ter árvore na beira da estrada porque um carro pode sofrer acidente e dar de cara com uma árvore. Além disso, uma faixa de domínio limpa evita o atropelamento de animais”. Segundo o Tenente-Coronel, toda a madeira retirada em obras como a da estrada, deve ter um reaproveitamento, como a doação para instituições filantrópicas. A doação não pode ser feita para pessoas físicas.

A Agesul ressalta que o Centro de Estudos em Meio Ambiente, Áreas Protegidas e Desenvolvimento está realizando inúmeras atividades com a colaboração dos alunos, professores e apoio da comunidade na MS-450. Entre as atividades contempladas, está a implantação do Espaço Natureza, que irá atender escolas e a comunidade no monitoramento de animais atropelados na rodovia.

“A doação da madeira oriunda da implantação da obra obteve anuência da Agesul que está finalizando os procedimentos administrativos pertinentes, considerando que a UEMS possui suas instalações lindeiras à rodovia estadual MS-450, não há óbice em que a doação seja feita, além de ser tratar de Instituição Pública Estadual”, informou a Agesul.

Venda de madeira desmatada

Moradores próximos a obra da MS-450 denunciaram a derrubada de árvores indevidas e a venda ilegal de madeira pela empresa que executa a obra. Em matéria publicada, moradores mostram indignação com a retirada de árvores fora do trajeto da estrada e ainda apontam descasos com as propriedades, já que as cercas derrubadas não foram repostas.

Depois da denúncia, a Agesul informou que as devidas providências foram tomadas com a elaboração de um Boletim de Ocorrência, feito pela própria empresa denunciada. “O fato alegado na denúncia será investigado e apurado pela autoridade policial, considerando que a madeira é um bem que possui valor agregado e pertence ao Estado de Mato Grosso do Sul”, diz.

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Marinete Pinheiro
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