Uma pesquisa recente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) constatou com 27 áreas de Campo Grande estão em estado de risco, 34 em alerta e apenas 8 aparecem com índices considerados satisfatórios, ou sejam menores de 1% de infestação.
No último LiRaa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), apenas a área Centro 473/ Bairro Amambaí apresentou índice superior a 3,9%, que é considerado de risco. Neste ano, a pesquisa passou a ser estratificada por unidade de saúde/áreas e não mais por bairro.
Ainda segundo os dados levantados, a área mais crítica é da UBSF Paradiso que abrange os bairros Monte Castelo, Seminário e Vila Nossa Senhora das Graças, com Índice de Infestação Predial (IPP) de 9%. Em maio, o IPP da área era menor que 2%, o que representa um aumento de mais de 6%.
As áreas das UBSFs Jardim Azaleia e Alves Pereira apresentam índice de 8.1%, seguidas da UBS Mata do Jacinto e UBSF Vila Fernanda com 6.7%, UBSs Universitário e Caiçara com 6.6%. O levantamento completo dos meses de maio e outubro deste ano está disponível aqui.
Chuva
Segundo o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, o aumento nos índices já era esperado por conta do período mais chuvoso e por isso é necessário que haja uma conscientização e engajamento ainda maior da população, uma vez que 80% dos focos são encontrados dentro das residências.
“Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse.
De acordo com o secretário as ações de combate à proliferação do mosquito estão sendo intensificadas nos bairros com maiores índices de infestação e dentro da rotina nas demais regiões.
“Diariamente três viaturas do fumacê estão percorrendo esses bairros e paralelamente o trabalho de campo está sendo intensificado através das vistorias e orientações a cargo dos agentes de saúde. A partis das próximas semanas vamos intensificar também os mutirões e agir para evitar que nosso município enfrente uma nova epidemia das doenças relacionadas ao Aedes aegypti”, pontua.
Dados epidemiológicos.
De janeiro a novembro deste ano foram registrados 979 casos confirmados de Dengue no município de Campo Grande, seis de Zika e 61 de Chikungunya.
No mesmo período do ano passado foram 688 casos de Dengue confirmados, 2 de Zika e 39 de Chikungunya.