Bebê deu entrada no HRMS com infecção de garganta

Passados dois meses da morte de Arthur da Silva Rios, um bebê de apenas 2 meses de vida, a jovem Thais Escobar dos Santos, mãe da criança, ainda sofre a angústia de não saber o que motivou a partida precoce do seu filho. De acordo com a mãe, a criança deu entrada no pronto socorro do HRMS ( de Mato Grosso do Sul), no dia 12 de novembro do ano passado, com sintomas de infecção na garganta.

Thais, que também é mãe de uma menina de 1 ano e meio, conta que o filho nasceu saudável no dia 31 de agosto de 2017, mas dois meses depois, apresentou complicações e foi levado ao hospital para tratar o que, a princípio, seria apenas uma infecção na garganta. Depois de um raio-x, os médicos identificaram uma mancha no pulmão do menino e informaram à mãe que poderia ser um quadro de pneumonia.

“A médica que estava cuidando do meu filho foi até a enfermaria e disse que ele estava muito melhor e seria liberado para ir para casa no domingo, mas não deu tempo de isso acontecer”, conta.

Segundo a mãe, menos de 2 horas depois de a médica dizer que o menino receberia alta, Arthur passou mal e precisou ser levado às pressas para a sala de emergência. “Depois que aplicaram uma injeção no Arthur, ele começou a ficar roxo e a se debater no meu colo. Chamei o técnico de enfermagem e ele me disse que aquilo tudo era normal e que meu filho ia ficar bem”.

Após a insistência da mãe de que o filho não passava bem, o profissional, então, chamou a médica que atendia a criança. “Depois que a médica chegou na sala e viu meu filho naquela situação, mandou ele para a sala de emergência às pressas e eu não pude mais ver meu filho com vida”.

Thais conta que insistiu para acompanhar o procedimento, mas a equipe médica não permitiu que ela presenciasse o atendimento, pois, segundo eles, ela não tinha condições acompanhar o tratamento. “Cheguei a ver uma pequena bolsa que parecia ser leite misturado com sangue”, relata.

De acordo com a mãe, toda a intervenção durou cerca de 1 hora e, logo depois, os médicos apenas lhe disseram que o menino havia aspirado leite, o que teria, segundo o corpo médico, ocasionado o óbito.

Sem informações

A família acredita que o menino morreu em decorrência de um erro médico, já que, segundo a mãe, ele sofreu convulsões logo após aplicação de medicamentos  intravenosos. A mãe conta que, após receber o laudo da necropsia, cerca de 45 dias depois o óbito do filho, uma vizinha, que também é funcionária do hospital, levou os exames para uma conhecida, que é médica.

“Minha vizinha levou o exame para a médica dar uma olhada, e ela explicou para ela que meu filho morreu por causa da dosagem de remédio que deram para ele que era muito alta”, denuncia.

Outro lado

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o Hospital Regional, por meio de sua assessoria de imprensa, que informou que realizará um levantamento quanto à denúncia da família, para apurar as circunstâncias do ocorrido.

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A direção do HRMS finaliza a nota informando que uma sindicância poderá ser realizada para apurar a denúncia, caso a família registre formalmente o registro perante à instituição.