Grupo de rap Brô Mcs recebe prêmio Marçal de Souza Tupã’Y

O grupo de rap indígena Brô Mcs, da reserva indígena de Dourados, será homenageado com a entrega do prêmio Marçal de Souza Tupã’Y, nesta segunda-feira (26). O prêmio é destinado à pessoa que tenha se destacado na produção jornalística, artística, literária ou científica com temas voltados à problemática indígena. O grupo de rap foi escolhido através […]

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O grupo de rap indígena Brô Mcs, da reserva indígena de Dourados, será homenageado com a entrega do prêmio Marçal de Souza Tupã’Y, nesta segunda-feira (26). O prêmio é destinado à pessoa que tenha se destacado na produção jornalística, artística, literária ou científica com temas voltados à problemática indígena.

O grupo de rap foi escolhido através de comissão, formada por representantes de entidades destacadas na luta pelos direitos e contra a opressão do índio e por profissionais da imprensa local. O evento acontece na Câmara Municipal de Dourados.

Marçal de Souza

Marçal de Souza Tupã’y – que significa pequeno Deus, em Guarani, nasceu em Rincão Julio, região de Ponta Porã, na véspera do Natal de 1920. Aos três anos foi para a Aldeia Te’ýkue, município de Caarapó. Órfão aos oito, foi morar em orfanato de crianças indígenas na Missão Caiuá, área indígena de Dourados. Aos 12 anos foi com um casal de missionários para Campo Grande. Lá conheceu um oficial do Exército que o levou para Recife, onde estudou até a segunda série do antigo Ginasial.

Adulto, voltou para Ponta Porã e, na década de 1940, novamente abraçou sua cultura de origem ao se tornar guia e intérprete dos antropólogos Darcy Ribeiro e Egon Shaden, além de ser enfermeiro do posto da Funai na aldeia onde morava.

Em 1980, é escolhido representante da comunidade indígena para discursar em homenagem ao papa João Paulo II, durante sua primeira visita ao Brasil. Logo, se envolve na luta pela posse de terras na área indígena de Pirakuá, em Bela Vista. Ele chegou a ir à ONU (Organização das Nações Unidas) para relatar o drama dos guarani em Mato Grosso do Sul.

Após diversas ameaças e agressões, em 25 de novembro de 1983 foi assassinado com cinco tiros, no rancho de sua casa, na Aldeia Campestre, em Antonio João. Seu corpo foi sepultado em Dourados. *Com informações do Dourados News

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