Os voos que partem do Aeroporto Internacional de , poderão sofrer com atrasos ou até mesmo cancelamentos caso a sigam acontecendo nas rodovias em Mato Grosso do Sul. A manifestação que aconteceu nesta segunda-feira (21) e terça-feira (22), mobilizou caminhoneiros em várias rodovias federais pelo país e, caso continue, combustíveis que abastecem aeronaves poderão ficar em falta.

Conforme o Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), todo o combustível que abastece os aviões na Capital, chegam em carretas. “Todo o combustível vem de caminhão, então se continuar o movimento, vai faltar [combustível] para todo mundo, inclusive para os aviões”, disse Dorival Oliveira ao Jornal Midiamax.

O sindicato ainda afirma que, caso Governo não atenda a demanda dos caminhoneiros, paralisação vai continuar ocorrendo todos os dias e, devido a isso, na próxima quinta-feira (24) voos podem começar a serem afetados.

“A partir de quinta-feira todos os setores começaram a ter problema. Primeiro com os veículos e depois a sociedade, inclusive a agricultura”, disse Oliveira.

A reportagem entrou em contato com a Infraero questionando a falta de combustível às aeronaves e aguarda posicionamento. O setor comercial do Aeroporto Internacional de Campo Grande não atendeu às ligações.

Voos

Através do site da Infraero, clicando aqui, é possível verificar se voos foram atrasados ou cancelados em Campo Grande. Até o fechamento desta matéria, não haviam imprevistos nas decolagens. Os passageiros devem ficar atentos.

Alimentos nos mercados

Conforme a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), a paralisação também irá afetar o abastecimento de alimentos nos supermercados pelo país. “Todo o nosso setor de matérias primas vivas [boi, suíno, aves], e leite e o abastecimento em geral está sendo muito afetado”, informou o Presidente Executivo, Péricles Salazar.

A é uma forma de protesto contra a política de reajuste do óleo diesel da Petrobras. “Nós estamos recebendo inúmeras queixas de caminhões transportando nossos produtos que são perecíveis e estão parados em várias regiões do país”, disse.

Paralisação nas rodovias

Os trechos das rodovias bloqueadas foram liberados no fim da tarde desta terça-feira (22) no Estado. Apesar de liberarem as pistas, os caminhoneiros afirmaram que bloqueios voltarão a aconteceu na quarta-feira (23).

Os bloqueios tiveram início na segunda-feira (21), quando somente em MS a categoria interditou sete pontos das rodovias federais. Em Campo Grande, caminhoneiros se reuniram desde as 7h e repetiram bloqueio parcial na BR-163, km 478, nas imediações do Posto Caravaggio.

Segundo Valdecir Bezerra Campos, de 44 anos, um dos caminhoneiros envolvidos no protesto, a manifestação foi organizada entre colegas e não há o envolvimento de sindicatos. “Tentamos falar com o sindicato e não conseguimos, somos um movimento independente, só de caminhoneiros autônomos, empresas e transportadoras”, afirma.

Sinai afirma que os motivos para a manifestação são os preços do pedágio, aumentos abusivos dos combustíveis. “Agora estão cobrando 50% de impostos em cima do diesel. Nós vamos ficar parados até o governo resolver a situação, esse governo não tem crédito com a categoria”, disse Roberto.

Vale lembrar que a redução do preço do combustível anunciada pelo governo nesta terça-feira em 1,5% no diesel 2% na gasolina não foi considerada o suficiente para que caminhoneiros que protestam contra as sucessivas altas liberem estradas e voltem a circular.