Governador cobra investimentos federais para melhorar exportações

Cobrança aconteceu durante evento no Palácio do Itamaraty 

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Cobrança aconteceu durante evento no Palácio do Itamaraty 

Para pedir investimentos federais em infraestrutura em Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), cobrou, durante seminário na manhã desta sexta-feira (23) no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Na ocasião também foram cobradas questões indígenas, ambiental e a venda de terras a estrangeiros. O “Seminário Brasil Central: Transpondo Barreiras e Ampliando Fronteiras”, reuniu governadores de sete Estados.

Na solenidade, o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, tomou posse como presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central. Ele assume mandato de um ano no lugar do governador de Goiás, Marconi Perillo. O grupo é composto por Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins e o Maranhão.

O documento foi elaborado para ser uma ferramenta que ajude a melhorar as condições de acesso a mercados externos para os produtos de interesse dos estados do Brasil Central. O objetivo é facilitar as negociações de acordos preferenciais de comércio, importante para enfrentar as barreiras protecionistas de alguns países e instituições.Governador cobra investimentos federais para melhorar exportações

O governador Reinaldo Azambuja ressaltou o trabalho do Itamaraty, que busca “caminhos alternativos de competitividade à produção do Brasil Central”, enfatizando o interesse da pasta pelos corredores bioceânicos rodoviário e ferroviário. “Hoje existe uma integração regional, que com certeza vai avançar muito mais com estes corredores”.

Corredor Alfandegário

Azambuja destacou a importância do corredor alfandegário comum, que reduziria a burocracia e o tempo para liberação dos produtos ao passar pelos países, além da importância de viabilizar investimentos de capitais privados para os empreendimentos.

“Se já estivéssemos aliados ao capital privado nos corredores logísticos, hoje o acesso ao Pacífico estaria consolidado, a situação seria diferente, criando um corredor alfandegário comum, abolindo as barreiras alfandegárias. Sem logística, vamos perder mercados”, afirmou o governador de Mato Grosso do Sul.

Problemas

Além dos corredores bioceânicos, Reinaldo Azambuja apontou que dois problemas precisam ser ”enfrentados”: a questão ambiental e questões judiciais, que deixam o País sem segurança jurídica.

“Temos que desmistificar alguns temas no Brasil, a questão ambiental é um deles. O Brasil fica muitas vezes refém de organismos internacionais, só que não tem nenhum país no mundo que fez o dever de casa que o Brasil fez. Temos de enfrentar esse tema com estes países que querem impor barreiras. O Brasil ainda tem 59% de seu território de florestas nativas intactas. Qual país do mundo que discute esta questão tem esse patamar conservador? ”, disse.

Reinaldo Azambuja também defendeu a autorização para estrangeiros comprarem terras no Brasil, desde que seja para investimentos. “Temos de ver se a compra de terras é para especulação ou para estrangeiro que monta uma indústria para gerar empego e precisa ter parte de sua produção em áreas próprias”, comentou o governador do MS.

Para ele, a reunião significou um avanço nas discussões de temas de interesse comum dos estados do Brasil Central. “É enriquecedor para todos nós este Seminário, principalmente por sabermos que o foco da diplomacia brasileira está em ajudar a resolver estas questões. Quando o Itamaraty nos chama aqui para dentro é porque ele está com o foco em resolver estas questões”, afirmou Reinaldo Azambuja.

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