Gestantes com gravidez de risco participam de pintura de barrigas no HU
Ação pretende acolher as gestantes no mês da mulher
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Ação pretende acolher as gestantes no mês da mulher
Há 51 dias internada na maternidade do HU-UFMS (Hospital Universitário da Universidade de Mato Grosso do Sul), a recepcionista Amanda Ferreira, 24 anos, sente-se feliz de estar recebendo atenção a todo momento das enfermeiras, doulas e médicos do local.
“É o melhor atendimento que eu já tive nos hospitais que já passei”, conta Amanda. Já no quinto mês da gestação, ela enfrenta uma gravidez de risco devido à diabetes, que lhe traz fortes dores abdominais e a põe sempre de cama.
Pensando em atender mulheres nesse perfil de risco, a maternidade do HU-UFMS fez uma campanha neste domingo (4) com cerca de 20 gestantes para pintura de suas barrigas – cada uma com uma imagem do bebê e seu nome.
“É mais do que uma atividade lúdica, é uma atividade social, de valorizar e dar atenção a essa mulher gestante”, explica a Dra. Sandra Valéria, 52 anos, uma das idealizadoras. A proposta faz alusão ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado nesta quinta-feira (8).
Em seu aniversário de 24 anos, Amanda diz que se sentiu presenteada pela proposta. “É um bom presente. Elas desenharam a Maria Clara [a bebê] com a língua de fora, pra dizer que ela vai ser sapeca, meio danada quando nascer”, conta ela.
Para Natali Jess, 25 anos, dona de casa, o que mais importa é o acolhimento do projeto. “É muito bacana, a gente se sente muito bem cuidada”, diz ela, que está há quatro dias sob acompanhamento por complicações na gravidez do pequeno Yuri.
Esperando a chegada dos gêmeos Yara e Vinícius, a médica Barbara Rosa, 30 anos, passa por uma gravidez tranquila, mas decidiu participar da ação para sentir a “paz e tranquilidade” das pinturas. Ela espera ter os bebês no próximo mês. “Vai depender deles né”, brinca.
Humanização e Valorização
A Dra. Rubia Loureiro explica que a proposta de atender as grávidas com gestação de risco da maternidade não se limita apenas ao atendimento médico, mas sim a humanização de todo o cuidado com a mulher gestante.
“Essa humanização ela deve ocorrer desde o pré-natal até o momento do parto e o pós-natal. Nós temos esse trabalho aqui para justamente não apagar essas mulheres, não tornar elas invisíveis”, conta.
Isso só é possível graças aos esforços do grupo que trabalha na unidade, explica ela, que acompanham a vida das gestantes além da rotina médica. “A gente sabe tudo da vida delas. Isso só é possível porque a gente trabalha em equipe, e cria um vínculo, forma uma família”.
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