Família quer R$ 600 mil da prefeitura, médicos e bar por morte de Guilherme
Adolescente morreu em 2016 após passar mal em bar
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Adolescente morreu em 2016 após passar mal em bar
Um ano e cinco meses depois do adolescente Guilherme Simplício Nunes morrer aos 17 anos, a família dele ingressou com ação judicial contra a prefeitura de Campo Grande, o bar em que o jovem passou mal após beber, o CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes, onde o adolescente morreu, além da equipe médica que o atendeu. A família pede indenização no valor de R$ 600 mil por danos morais.
No pedido ingressado há uma semana na 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, a mãe de Guilherme, a doméstica Maria Zuleide Simplício, afirma que houve erro médico durante o tratamento dado ao filho, que morreu no dia 13 de novembro de 2016.
Conforme a família, Guilherme trabalhava no Instituto Mirim da Capital como auxiliar administrativo, cursava o 3º ano do Ensino Médio e tinha conquistado recentemente bolsa de estudos para cursar Engenharia da Computação em universidade privada. Maria afirma que o filho era “carinhoso, obediente e caseiro”.
A mãe conta que o filho saiu da casa na noite do dia 12 de novembro de 2016 e foi com amigos menores de idade até o Bar Fly, onde acabou bebendo. Na petição, a família afirma que a direção do bar ordenou para que seguranças retirassem o adolescente do estabelecimento quando ele começou a passar mal.
Amigos do adolescente acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que socorreu o menino até o CRS Tiradentes. Guilherme morreu na madrugada do dia seguinte.
Laudo pericial do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) apontou que o adolescente morreu por intoxicação exógena aguda devido à ingestão de álcool. Nos documentos apresentados pela família, consta uma lista com oito remédios que teriam sido aplicados no adolescente durante o atendimento.
A família argumenta que Guilherme “já tinha consumido várias doses de álcool e ao chegar na Unidade de Saúde foram lhe aplicados diversos medicamentos em um curto espaço de tempo, presumindo que o mesmo não suportado a aplicação de tais medicamentos, que tinha como função, estimular e acalmar os batimentos cardíacos ao mesmo tempo sendo um deles a aplicação do Midazolam e Adrenalina”.
Em razão do suposto erro médico, a família pede indenização por danos morais. O pedido também se estendeu a médicos, enfermeiros, o próprio CRS Tiradentes e a prefeitura da Capital.
O bar onde Guilherme passou mal também é, nos argumentos da defesa da família, responsável pela morte porque “na portaria não foram exigidos a apresentação de documentos e nem foram identificados com braceletes ou pulseiras. Insta salientar que todos eram menores de idade e consumiram bebidas alcóolicas, e que eram fornecidas livremente”, afirma. Amigos do adolescente afirmam que ele bebeu vodca e catuaba na noite em que morreu.
A família pede à Justiça que audiência de conciliação seja marcada para que os sete implicados na ação sejam condenados a custear R$ 600 mil em danos morais. A prefeitura, o bar e o corpo clínico envolvido no caso ainda não foram notificados pela Justiça sobre a abertura da ação.
Mesmo assim, o Jornal Midiamax tentou contato com a assessoria de imprensa da Sesau e com o Bar Fly. A Sesau informou que o caso é assunto de sindicância interna e que só irá se manifestar nos autos do processo. A proprietária do bar não atendeu as ligações até a publicação da matéria.
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