Estudantes da (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) decidiram suspender as atividades acadêmicas por dez dias para pressionar a abertura de concurso para efetivação de . A decisão é dos estudantes que participaram de assembleia na última terça-feira (15) e que são representados pelo DCE (Diretório Central das e dos Estudantes).

Os problemas atingem principalmente cursos da área de humanas como Geografia, Artes Cênicas e Letras. De acordo com nota divulgada pela entidade estudantil, os estudantes debateram a necessidade de abertura de concurso para efetivação de professores.

Há cursos que estão sem professores de matérias básicas o que reflete diretamente na qualidade do ensino que nos é oferecido. Este movimento pretende pleitear a imediata abertura de concurso público para cobrir toda a demanda dos cursos de graduação oferecido na unidade universitária, entendemos que há uma resistência do governo estadual em investir na qualidade do ensino público no estado de Mato Grosso do Sul, portanto, se faz necessária que a comunidade acadêmica se articule para garantir que a educação seja prioridade daquelas e daqueles que administram os recursos público, entendemos que este movimento será responsável por impedir que situações como as que passaram outras universidade brasileiras recaiam sobre a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul”, diz o comunicado.

Calendário de Ações.

17 52018 – Ato na Assembleia Legislativa fazendo uma participação no plenário às 8:30 min.

18 52018 – Ato com concentração na Praça do Rádio saindo em passeata até a Governadoria.

21 52018 – Concentração na unidade universitária da UEMSCG para ato com a comunidade da região que cerca a unidade.

22 52018 – Panfletagem na praça Ary Coelho para conscientização da sociedade.

O que diz a universidade?

O Jornal Midiamax entrou em contato com a UEMS no começo desta semana e voltou a questionar a universidade sobre a situação nesta quarta-feira (16).

No primeiro comunicado, a UEMS informou que, na quinta-feira (10), o reitor da UEMS, Fábio Edir dos Santos Costa, reuniu-se com coordenadores dos cursos de graduação da unidade de a afim de esclarecer questões relacionadas à atual demanda por concursos na instituição.

A reitoria reafirmou o compromisso acordado anteriormente de realizar o concurso, com vagas que atenderão a necessidades urgentes da Universidade, sobretudo aquelas que contemplem, também, a demandas da pós-graduação.

Este concurso será realizado ainda em 2018, permitindo que os novos efetivos tomem posse no início do ano letivo de 2019.

Durante a reunião foram explicadas aos docentes as razões que motivaram a antecipação de vagas para os cursos de Pedagogia e Medicina, ambos da unidade de Campo Grande. No caso da Pedagogia, a antecipação se deu por conta do pleito, em andamento, pela criação de um novo curso de doutorado. Caso as vagas do referido curso não fossem preenchidas, a proposta do doutorado seria inviabilizada.

Já em relação à Medicina a conjuntura envolve uma sucessão maior de fatores, dentre o quais se destaca a dificuldade na contratação de professores temporários para suprir necessidades imediatas do curso. De acordo com a Pró-reitoria de Ensino da Universidade já foram realizados consecutivos processos eletivos para contratação de professores temporários, mas em nenhum deles foi possível atender a demanda para contratação de profissionais habilitados a assumir a docência no Curso.

Diante disso, a Gestão decidiu por dar início ao processo de realização do concurso, de forma abreviada, a fim de, dentro dos limites de prazo da legislação eleitoral, não inviabilizar a continuidade regular da graduação.

A UEMS reafirma que mantém, tal qual já havia sido acordado com os cursos, todo o quantitativo de vagas previsto para o novo concurso, bem como mantém os prazos previstos para início dos novos docentes efetivos“.

Em relação à paralisação, por meio de nota, a Universidade informou que até a manhã desta quarta-feira a gerência não foi notificada pelos alunos sobre qualquer manifestação ou paralisação. Ainda afirmou que as aulas foram realizadas normalmente.

Segundo a gerência, apenas as aulas do curso de Medicina estão suspensas temporariamente por decisão do próprio colegiado do curso, em razão do período necessário para à adaptação de novos professores que darão aulas via convênios com o Hospital Regional e com as Secretarias de Saúde de Estado e do Município de Campo Grande.

De acordo com a coordenação do curso, a previsão é que as aulas retornem no início do mês de junho.
Matéria editada às 16h07 para acréscimo de informações