A professora Juliana Alves Porfírio passava de carro pela avenida Ernesto Geisel, no cruzamento com a avenida Afonso Pena, quando foi surpreendia por um pedinte, que deu vários socos no capô do veículo. Assustada, a motorista parou a algumas quadras e ligou para a polícia.

Uma equipe da Polícia Militar foi ao local e orientou a motorista. “A policial me disse que a equipe já conhecia o pedinte e nem adiantaria procurar a delegacia para registrar um b.o, pois o rapaz ficaria umas três horas lá e seria solto de novo. ”

Indignada com a situação, Juliana desabafou em uma página no Facebook. A publicação teve mais de 600 curtidas e acabou revelando que outros motoristas passaram pela mesma situação e se sentem inseguros em passar pelo local.

Esquina do medo: assédio de pedintes leva insegurança a motoristas de Campo Grande
Foto: Divulgação/Facebook

 

A reportagem do Jornal Midiamax foi até o cruzamento onde o carro de Juliana foi amassado e encontrou vários moradores de rua abordando motoristas.

Para garantir algum dinheiro, essas pessoas se colocam em risco transitando entre os carros e, às vezes, amedrontam alguns motoristas, que, como no caso de Juliana, teve o carro amassado. A maioria dos condutores fecha o vidro ao parar no sinal vermelho.

Esquina do medo: assédio de pedintes leva insegurança a motoristas de Campo Grande
Foto: Morador de rua pede esmola de joelhos (Marcos Ermínio)

A manicure Taiane de Lima já teve o carro riscado por um pedinte. “Eles ficam batendo no vidro do carro, exigindo dinheiro e eu fico com medo. Já até riscaram meu carro com uma moeda”, relata a motorista.

Esquina do medo: assédio de pedintes leva insegurança a motoristas de Campo Grande
Foto: Marcos Ermínio

A enfermeira Carolina Oshiro levou um susto com a abordagem do repórter. “Tem um monte de pedinte nessa rua, quando vi você se aproximando comecei a fechar o vidro. Faço isso quando passo por aqui. Tenho medo, mas nunca amassaram meu carro.”

Esquina do medo: assédio de pedintes leva insegurança a motoristas de Campo Grande
Foto: Marcos Ermínio

Em relação ao caso da professora Juliana, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que, quanto a postura do PM não é possível se manifestar sem conhecer todos os fatos e circunstâncias envolvendo o caso. Se a vítima acionar a PM por meio do 190 é imprescindível que aguarde no local para que seja realizado o atendimento e os envolvidos sejam encaminhado para a delegacia, o Boletim de Ocorrência seja confeccionado e a polícia civil realize os procedimentos adequados à situação.

A Polícia Militar orienta que todos os crimes ou suspeita de crime sejam reportados por meio do 190.