Os “gatos” na rede elétrica entraram na mira da –concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em Mato Grosso do Sul- e da Polícia Civil. Embora a fiscalização do furto de energia seja realizada diariamente, uma força-tarefa foi montada, na manhã desta quarta-feira (11), para fiscalizar locais suspeitos nas Moreninhas – um dos bairros mais populosos da região leste de Campo Grande.

De acordo como gerente de combate às perdas da Energisa, Ercílio Diniz Flores, em 2017, a Energisa fiscalizou cerca de 103 mil locais na Capital. Do total, foram constatadas fraudes em 20 mil. “Temos um centro de inteligência que, por meio de um software, avalia o histórico de consumo e, assim, aceita prospecções e as autuações”, explica.

Energisa 'caça gatos' e polícia flagra furto de energia em academia e conveniência
Fiscalização ocorre em casas e estabelecimentos comerciais

O gerente afirma que população está mais consciente sobre o delito de furto de energia e denuncia à concessionária. Conforme Flores, as denúncias intensificaram de 100 por dia no ano passado, para 300 neste ano.

“As denúncias e ações [de fiscalização] contribuem para não aumentar a tarifa. Além disso, o furto de energia pode causar sobrecarga na rede de energia”, diz.

A concessionária ainda atribui às denúncias e autuações de furto o reajuste menor da tarifa neste ano. “No ano passado, reajuste foi  7,5% e, neste ano, 4,5%”, diz Flores. Diariamente, a Energisa faz autuação de aproximadamente 150 irregularidades.

Energisa 'caça gatos' e polícia flagra furto de energia em academia e conveniência
Energisa e Polícia Civil fazem operação

Segundo os dados da Energisa, o furto de energia causou, no ano passado, R$ 150 milhões em prejuízo. Além disso, não há perfil de pessoas que furta energia. Os “gatos” são encontrados em casas e estabelecimentos comerciais independentemente da classe social e da situação financeira.

Segundo a delegada da 4ª Delegacia de Polícia Civil, Célia Maria Bezerra da Silva, quem for flagrado com irregularidades no medidor de energia pode responder por furto ou estelionato.

“[A pessoa] pode ser presa em flagrante, mas, geralmente, é instaurado o inquérito para saber quem fez [o gato]”, explica.

Durante a fiscalização uma academia foi flagrada com irregularidade na rede elétrica. O proprietário alegou estar no local desde de dezembro e desconhecer o problema. Ele foi encaminhado para delegacia e prestará esclarecimentos.

Conforme a autoridade policial, que é flagrado furtando energia pode pegar até 4 anos de prisão. Já quem faz o “gato”, pode ser preso por até 8 anos. Já a multa administrativa, varia de R$ 5 mil a R$ 8 mil, com casos que chega à milhões, quando trata-se de estabelecimento comercial.