Em MS, 19% da população vive em situação de pobreza com menos de R$ 406 por mês

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) analisou os dados da população brasileira com relação à pobreza e divulgou nesta quarta-feira (5), a SIS (Síntese de Indicadores Sociais). O estudo mostrou o aumento da pobreza entre 2016 e 2017 no Brasil. Segundo a linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial (rendimento de até US$ […]

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) analisou os dados da população brasileira com relação à pobreza e divulgou nesta quarta-feira (5), a SIS (Síntese de Indicadores Sociais). O estudo mostrou o aumento da pobreza entre 2016 e 2017 no Brasil.

Segundo a linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial (rendimento de até US$ 5,5 por dia, ou R$ 406 por mês), a proporção de pessoas pobres no Brasil era de 25,7% da população em 2016 e subiu para 26,5%, em 2017. Em números absolutos, esse contingente variou de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas, no período.

Em Mato Grosso do Sul, o número de pessoas em situação de pobreza é menor do que o registrado no Brasil. No Estado há 18,9% de pessoas pobres, considerando o ano de 2017 – o  8º menor percentual de pessoas na linha de pobreza.

Os estados com maior porcentagem de pessoas vivendo em situação de pobreza foram: Maranhão (54,1%); Alagoas (48,9%) e Amazonas (47,9%). Os apresentaram menores porcentagens foram: Santa Catarina (8,5%); Rio Grande do Sul (13,5%) e Distrito Federal (13,9%).

Com relação às inadequações nas condições de moradia, Mato Grosso do Sul tem 9,7% do total de pessoas residem em moradia com ao menos uma inadequação:

  • 0,1% do total de pessoas vivendo em situação inadequada de banheiro (2º menor percentual dentre os estados);
  • 0,9% em situação de inadequação de paredes externas;
  • 4,7% em adensamento excessivo, que é uma situação onde o domicílio tem mais de três moradores para cada cômodo utilizado como dormitório;
  • 4,7% em situação de ônus excessivo, quando o valor do aluguel iguala ou supera 30% do rendimento domiciliar.

Sobre o saneamento básico, 8,4% da população de Mato Grosso do Sul não tinha acesso à coleta direta ou indireta de lixo; 11,6% não contava com abastecimento de água por rede geral; 59,1% não tinha esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial; 60,2% da população contava com ao menos uma deficiência de acesso aos serviços de saneamento básico.

No que se refere a restrições de acesso, Mato Grosso do Sul tinha 29,7% de sua população com restrição de acesso à educação; 10% com restrição de acesso à proteção social; 9,7% à moradia; 60,2% ao saneamento; 19,8% à internet; e 15,2% da população tinha ao menos três restrições dentre as citadas.

Mato Grosso do Sul apresentou, em 2017, a 4ª menor taxa de pessoas de 15 a 29 anos de idade que não trabalhavam e não estudavam, ficando atrás apenas dos Estados da Região Sul.

Mato Grosso do Sul

Desocupação: a pesquisa apontou que a taxa de desocupação aumentou de 2012 a 2017, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Na comparação por sexo, o aumento foi maior entre as mulheres (4.2%) do que entre homens (2.8%); por cor ou raça, houve aumento mais expressivo entre pessoas pretas ou pardas (4.4%) do que entre pessoas brancas (2.1%).

Com relação à faixa etária, o aumento mais significativo foi entre pessoas de 14 a 29 anos – de 10,8% em 2012 para 17,6% em 2017.

Trabalho formal: em Mato Grosso do Sul, em 2012, do total da população ocupada, 59,9% contava com trabalho formal. Em 2017, essa proporção passou para 61,8%. Entre os homens, essa proporção manteve-se no mesmo período; entre as mulheres, a proporção ocupada em trabalhos formais passou de 56,3% em 2012, para 60,8% em 2017.

Já na comparação por cor ou raça, registrou-se uma evolução de 4,3 pontos percentuais entre pessoas brancas; entre pessoas pretas ou pardas essa proporção praticamente não se alterou.

Rendimento médio: o rendimento médio dos trabalhos formais era de R$2.361, e o dos trabalhos informais era de R$1.383, diferença de R$ 978. A diferença maior de rendimento foi registrada entre pessoas brancas: no trabalho formal, era de R$2.691, contra R$1.580 no trabalho informal – diferença de R$ 1.111.

Em 2017, o rendimento das mulheres (R$ 1.672) era cerca de 25,5% menor do que dos homens (R$ 2.243); e das pessoas pretas ou pardas (R$ 1.743), 25,1% menor do que das pessoas brancas (R$ 2.315).

Brasil

Outro dado avaliado pelo IBGE é que as desigualdades entre os rendimentos do trabalho se verificam também regionalmente, o que reflete a distribuição espacial das atividades econômicas pelo território brasileiro.

Em 2017, os rendimentos médios das pessoas ocupadas nas Regiões Norte e Nordeste eram equivalentes a, respectivamente, 77,0% e 69,1% da média nacional. Maranhão foi a Unidade da Federação que apresentou o menor rendimento médio (R$ 1.170,00), seguida por Piauí (R$ 1.233,00) e Alagoas (R$ 1.309,00).

Com os maiores rendimentos médios figuravam Distrito Federal (R$ 3.805,00), São Paulo (R$ 2. 609,00) e Santa Catarina (R$ 2.259,00). Mato Grosso do Sul teve rendimento de R$ 2.000,00, abaixo de Mato Grosso e empatando com Goiás.

Região Centro-Oeste

Conforme a pesquisa, todas as grandes regiões do País registraram crescimento da taxa de desocupação entre 2014 e 2017. Na Região Norte, a taxa passou de 7,5% para 11,9%, no Nordeste de 8,5% para 14,7%, no Sudeste de 7,0% para 13,3%, no Sul de 4,3% para 8,3% e no Centro-Oeste de 6,0% para 10,5%.

Regionalmente, observa-se rendimento médio similar nas Regiões Sudeste (R$ 1 773,00), Sul (R$ 1 788,00) e Centro-Oeste (R$ 1 776,00), e superiores ao do Norte (R$ 1 011,00) e Nordeste (R$ 984,00).

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