O Uniforme 2 da Seleção Brasileira, na cor azul, praticamente sumiu dos varais de ambulantes da Capital. Coincidência ou superstição, a camiseta azul usada na vitória contra a Suíça começou a ser mais procurada na semana passada, quando a vitória embalou os torcedores.
O ambulante Jorge Ladeira conta que vendeu todo seu estoque na semana passada e ainda não conseguiu repor. “Só tenho camisetas amarelas e vendemos basicamente para crianças.
O estoque de azuizinhas do vendedor Vinícius Prateado, 24, ambulante há dois anos, também estava no fim nesta terça-feira. Ele vende camisetas na esquina da Bahia com Afonso Pena e só tinhas dois exemplares azuis.
Movimento baixo
Os vendedores ouvidos pela reportagem contam que, apesar da vitória da Seleção, os torcedores ainda não se empolgaram e as vendas estão abaixo das registradas em outras Copas. “Em véspera de jogo, a gente vende bem. Até agora (início da tarde) só vendi R$ 200 e num dia bom, vendo R$ 600”, afirma Jorge Ladeira.
Desde o último jogo, quando o Brasil venceu, as vendas aumentaram, mas não foi algo muito significativo. “No dia de véspera e no dia do jogo, vendemos muito. Cheguei a vender R$ 3 mil”, conta Prateado. Nesta terça-feira (26), no entanto, o movimento não decolou.

Apesar de não confiarem muito na Seleção, ambulantes torcem por uma vitória para as vendas decolarem. Suelene Miranda, 48, está na sua quarta Copa e escolheu cornetas, tiaras e bandeiras para vender nos semáforos.
Todos os dias, chega a vender 20 bandeiras em dias de movimentos fracos. A labuta no semáforo da Afonso Pena com 14 de julho chega a render até R$ 300 por dia. “Até agora o pessoal está desanimado, essa Copa não tem nem comparação com as anteriores. Mas se o Brasil ganhar, o pessoal vai animar e vender bem. Estou esperançosa”, afirma.