Em razão da tramitação de um Projeto de Lei no Executivo Municipal de Ponta Porã, que pretende criar o horário livre do comércio na cidade, nesta terça-feira (15), a partir das 14 horas, trabalhadores do comércio vão à sessão das Câmara de Vereadores protestar contra essa medida.
Com a aprovação da lei, o comércio da cidade para de funcionar apenas de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, com trabalho aos domingos e feriado regulado mediante acordo com patrões e empregados, dando liberdade aos donos dos comércios locais para abrir e fechar, inclusive com possibilidade de trabalho noturno.
O projeto foi aprovado em primeira instância e afeta mais de 2.300 empregados do comércio na cidade. Para Divino José Martins, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ponta Porã, a lei é um desrespeito, uma vez que a cidade não tem estrutura para a liberdade de horário. “Isso é um absurdo! Um desrespeito às famílias dos mais de 2.300 empregados no comércio da cidade, uma vez que a cidade não comporta essa liberdade de horário”.
A Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul) se posicionou contra essa decisão e, segundo Pedro Lima, presidente da Federação, agora os empregados tentarão barrar a tramitação do projeto.
Ainda de acordo com o Pedro Lima, Ponta Porã não tem estrutura para sustentar o livre horário de comércio, pois, não tem creches noturnas, nos fins de semana ou feriados, ou transporte coletivo, bem como a falta de segurança púbica impede que os funcionários saiam em segurança do trabalho à noite.
Com informações Assessoria de Imprensa Fetracom/MS