Comerciantes irão negociar reabertura de prédio da rodoviária
Prédio foi interditado na última sexta-feira (6)
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Prédio foi interditado na última sexta-feira (6)
Após o fechamento do Centro Comercial do Oeste, prédio da antiga rodoviária da Capital, na última sexta-feira(6), comerciantes tentarão negociar com o Corpo de Bombeiros a reabertura da estrutura, segundo a síndica do prédio, Rosane Nely de Lima. Irregularidades na segurança do local foram o motivo da interdição da estrutura.
Ao Jornal Midiamax, a síndica explicou que irá se reunir na próxima segunda-feira (9) com os bombeiros para negociar um prazo maior para fazer as adequações e manter o comércio aberto neste período. “A gente já vai começar a mexer. Ao mesmo tempo, eu estarei no Corpo de Bombeiros na parte da manhã para tentar ver com eles a possibilidade de reabrir o prédio e ir fazendo as adequações”, disse.
Segundo Lima, as irregularidades constatadas pelos bombeiros se dão em função do roubo de equipamentos de segurança como extintores, mangueiras e até mesmo fiação elétrica do prédio. “Aqui são 25 mil metros quadrados e dois seguranças”, ressaltou. Os equipamentos também foram roubados da parte do prédio que pertence a prefeitura da Capital.
No último sábado (7), poucas lojas abriram no prédio. Conforme a síndica, os comerciantes foram informados da situação e quem optou por abriu, trabalhou normalmente até às 13 horas. Já outros puderam ir até a estrutura para retirar objetos pessoais.
Na próxima segunda-feira, o comércio não poderá funcionar, o que incluiu até os pequenos comércios de lanche que funcionam durante a noite no local. “A Guarda Municipal por exemplo, está retirando todos os objetos porque fica interditado a Guarda Municipal, os lancheiros, o prédio todo”, contou Lima.
Sobre a denúncia do MPE (Ministério Público Federal) que culminou no fechamento do prédio, a síndica explicou que foi notificada em outubro de 2017, apresentou a documentação necessária para pedir mais prazo para as adequações, mas foi surpreendida pela fiscalização dos bombeiros na última sexta. “Nós também não estávamos sabendo [da denúncia]”, disse.
Lima ressaltou ainda que para resgatar o prédio da antiga rodoviária, é necessário apoio do Poder Público. “Precisamos de apoio tanto na parte da estrutura quanto na parte social”, contou.
Os comerciantes que abriram suas lojas neste sábado não quiseram falar com a imprensa.
Ação no MPE
Um inquérito civil instaurado no começo deste mês no MPE-MS para investigar as condições de abandono e de ausência de segurança na antiga rodoviária de Campo Grande e seu entorno.
As investigações, que tiveram início em agosto do último ano, têm como alvo a Prefeitura de Campo Grande e só foram convertidas agora em inquérito. O MPE-MS quer buscar alternativas para preservação do patrimônio público local e assegurar a segurança da região.
No mês passado, uma audiência pública realizada na Câmara Municipal da capital discutiu a situação da antiga rodoviária.
Fechamento e 2015
A Estação Rodoviária Heitor Eduardo Laburu, inaugurada em 1976 e foi um dos principais pontos de Campo Grande. Com arquitetura moderna na época, abrigava além do terminal rodoviário, conjunto de lojas e duas salas de cinema da Capital.
Em 2010, a rodoviária deixou de funcionar a região passou a ser conhecida pelos problemas sociais do entorno. Em 2015 o prédio também foi interditado pelo Corpo de Bombeiros por questões de segurança. No local, os comerciantes reclamam do abandono e dizem que mal conseguem se manter com o baixo fluxo de clientes.
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