Em meio a abandono, comerciantes da antiga rodoviária sonham com revitalização
Enquanto Poder Público e Iniciativa privada não encontram saída para a ocupação do Terminal Rodoviário de Campo Grande, comércio segue cada vez mais enfraquecido no local.
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A possibilidade de instalação de uma universidade no antigo prédio do Terminal Rodoviária em Campo Grande causa expectativa em alguns e desilusão em outros comerciantes, os poucos que ainda resistem.
Entre tantas portas fechadas, os poucos que se dispuseram a uma conversa sobre o cenário atual se mostraram reticentes em falar sobre o assunto.
Há 18 anos trabalhando no mesmo local, a cabeleireira e dona do salão, Marina Ferreira, disse que espera muito pelo momento em que a ideia de se instalar uma universidade no prédio seja concretizada. “Estamos há oito anos pedindo por isso, para que nossos corredores voltem a receber pessoas”, informou. De acordo com ela, o estabelecimento se mantém por conta dos clientes fiéis que ela tem, mas a falta de fluxo de pessoas no local atrapalha bastante.
Dona de uma loja de artesanato, Laci Maria Rondon, precisou modificar a maneira de vender suas peças para sobreviver. Aproveitando o momento em que a internet tem sido ferramenta importante para o setor, resolveu apelar para as vendas virtuais. “Temos páginas no Facebook e Instagram. Também atendemos pelo whatsapp”, respondeu a proprietária da loja Arte In Vitro.
Ela está no mesmo ponto há oito anos e lembra saudosa de um tempo em que as famílias passeavam pelo Terminal Rodoviário, hoje praticamente fechado. “Eu só vou acreditar que as coisas vão mudar de fato no dia em que ver a Universidade funcionando aqui”, reclamou. Por enquanto, a comerciante apenas lamenta a presença constante de usuários de drogas ao redor do prédio. “Isso espanta as pessoas, eu mesma já fui roubada duas vezes aqui, é um problema essa falta de segurança”, reclama.
Já a síndica administrativa do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, Rosane Nely Lima, diz que várias universidades já fizeram contato e que representantes da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) estiveram no local para uma visita técnica. Segundo ela ainda não há nada em definitivo, mas a esperança é grande.
Ela lembra que revitalizar o prédio não seria um gasto exorbitante por conta da estrutura robusta que apresenta. “Outro dia um arquiteto esteve aqui e disse que se tivéssemos um terremoto todos poderiam se esconder aqui pois estariam seguros”, enfatizou.
Informações repassadas pela assessoria de comunicação da prefeitura de Campo Grande dão conta que o Executivo está buscando parceria da parte pertencente ao município, que é de 9% do prédio, mas por enquanto o assunto está em tratativas.
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