Arma no colégio: escolas têm limites e pais devem atuar em conjunto, afirma sindicato

O caso de um menino que levou arma para o colégio em Campo Grande levanta a discussão sobre o que a escolas podem fazer para evitar que casos parecidos aconteçam. Para o Sinepe-MS (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), as escolas têm limites e não podem simplesmente revistar as mochilas e lancheiras dos estudantes.

A presidente do sindicato, Maria da Glória Paim Barcellos, afirma que, passado o susto, fica a lição para que os pais passem a observar mais os filhos e que olhem o que há nas mochilas e lancheiras que os estudantes levam para a escola. “Garanto que a escola proporciona toda a segurança possível e imaginável, mas a família não tem o costume de ver o que o aluno está levando na mochila. Assim como o menino levou uma a arma, poderia ter levado qualquer coisa”, diz.

Para o sindicato, o cuidado deve partir dos pais, já que a escola não pode revistar todos os alunos, correndo o risco até de constranger os estudantes. “A escola, dentro do seu limite, toma todo o cuidado possível. Não dá para revistar todo mundo, não é um comportamento usual, pode causar constrangimento”.

Por fim, a presidente do sindicato explica que as escolas já fazem a abordagem de assuntos como a violência, o bullying e praticam diversas atividades para abordar temas pedagogicamente e de maneira transversal.