Mesmo após a aprovação pelo Senado Federal do projeto de decreto legislativo, em junho, que autoriza a venda de das usinas diretamente para os postos de combustíveis, o preço do litro do combustível continua subindo em Mato Grosso do Sul.

Uma pesquisa realizada pelo Jornal Midiamax, nesta semana, apontou um acréscimo de R$ 0,10 no valor do litro comparado ao mês de agosto.

Nas bombas de Campo Grande, é possível encontrar o etanol nos postos de combustível com uma variação de preço de 9,8%, entre R$ 2,97 e R$ 3,29.

Apesar de aprovado pelo Senado, o Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes) não tem conhecimento de nenhum Estado que esteja realizando venda direta da usina ao posto. Por este motivo, o Sindicato afirma que não houve queda de preços do etanol porque não ocorreu o processo da venda direta.

O decreto esbarra em empecilhos como a questão de qualidade, já que a decisão não especifica se as usinas vão se responsabilizar pela qualidade do etanol que será vendido ao consumidor.

Também existe, de acordo com o Sinpetro, os custos de logística de um país de extensões continentais. Devido à essa dificuldade, ao invés do projeto promover o consumo do etanol, o efeito poderá ser contrário fazendo com que alguns Estados deixem de vender o combustível.

Questionado sobre a razão do acréscimo nos últimos 30 dias, o Sindicato garantiu que o aumento ocorreu por conta da política de preços da Petrobrás adotada desde junho deste ano, onde os preços são reajustados conforme a oscilação dos valores do petróleo no mercado internacional, baseado na variação do dólar.

Quanto às expectativas de mercado futuro, a Associação relata que depende da variação da cotação do dólar e dos preços do petróleo.