‘A cada hora, 503 mulheres sofrem violência no país’, alerta representante da OAB

‘A cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas’

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

‘A cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas’

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o Dia Internacional da Mulher foi de reflexão sobre os dados da violência no país. A convite da deputada Mara Caseiro (PSDB), a representante da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB/MS, Dora Waldon, discursou na tribuna sobre os números alarmantes.'A cada hora, 503 mulheres sofrem violência no país', alerta representante da OAB

“A cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas. Um estupro ocorre a cada 11 minutos. A cada 1h30 ocorre um feminicídio. A cada hora, 503 mulheres sofrem violência. Uma em cada quatro mulheres disse em pesquisa que já se sentiu cerceada pelo parceiro e as mulheres de menor nível de escolaridade são as que mais sofrem”, enumerou a advogada.

Ainda segundo a representante da OAB, a violência física predomina, mas cresce o reconhecimento das agressões morais e psicológicas, sendo o feminicídio, chamado crime de ódio, o mais alto grau de violência. “O país avançou com a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e em Mato Grosso do Sul a primeira Casa da Mulher Brasileira, que é fantástica, mas precisamos fazer mais. São questões históricas e culturais, porém o homem precisa entender que não pode cometer nenhum tipo de violência. Peço a toda a sociedade que façamos algo pelas mulheres. Que se unam. Que encorajam cada uma a denunciar seus agressores até que não haja mais vítimas”, ressaltou.

A deputada Mara Caseiro, que presidiu temporariamente a sessão em homenagem às mulheres, agradeceu a fala da advogada e prometeu fazer coro à sua voz. “Pode não haver nenhum agressor em nosso ambiente, mas seremos instrumentos multiplicadores de sua palavra para conscientizar ainda mais a sociedade e a importância da mulher nela e pelo fim da violência. Obrigada”, finalizou.

Mato Grosso do Sul é o estado com maior taxa de mulheres vítimas de violência sexual, física ou psicológica que buscam atendimento em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil. Confira o estudo completo do feito pela Flasco Brasil clicando aqui.

Para quem deseja denunciar violências ou buscar ajuda, a Casa da Mulher Brasileira está situada na Rua Brasília, s/nº, Jardim Imá, em frente ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. Para informações ligue (67) 3304-7559 ou o disque-denúncia é pelo número 180, com ligação gratuita e garantia de anonimato.

 

 

 

 

 

Conteúdos relacionados