Funesp promete procurar um local ‘mais adequado’

Uma briga por causa da agitação de aulas de zumba na Orla Morena acabou na Justiça, e fez a Prefeitura interromper as atividades até encontrar outro local. Tudo começou quando uma moradora vizinha à área pública reclamou do barulho, e a atitude surpreendeu praticantes e professores. “Queremos oferecer espaço aos moradores fazerem atividades, mas não queremos incomodar ninguém”, diz o coordenador pedagógico de parques e praças da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), Odair Serrano.

Uma das instrutoras fez um desabafo no Facebook sobre uma possível suspensão das aulas. 
“[…] viemos comunicar, com muita tristeza e revolta, a suspensão das nossas atividades, que foram impedidas através de uma ação que proíbe qualquer tipo de evento esportivo na Orla. Uma ação que não tem explicação, até porque só tivemos problema com uma moradora, a qual age como se a Orla pertencesse a ela”, lê-se em uma postagem. 

Entretanto o professor Odair explica que as aulas serão transferidas para outro local. “Vamos testar o estacionamento da construção da rodoviária (local onde funcionará o Centro de Belas Artes) e se não atrapalhar os moradores do local, vamos permanecer lá”, explica. 

O coordenador da Funesp reconhece que uma moradora reclamava do barulho e que tentaram diminuir o som, mas não foi suficiente. Segundo ele, as palmas e gritos dos professores e alunos também incomodavam. “Uma aula de zumba não pode ser uma aula morta. Tem que passar animação. Mas não queremos incomodar ninguém”, ressalta.

O estudante de enfermagem Artur Martins Américo, de 18 anos, diz que já nesta semana não houve aulas e está sentindo falta. “Minha mãe e minha irmã iam começar a participar. A gente sentava na frente de casa e tomava tereré enquanto assistimos às aulas”, conta. Segundo o estudante, um guarda municipal consultou os moradores sobre as atividades realizadas na Orla e disse que uma moradora reclamou. 

“Se eu pudesse participaria, mas minha filha tem 2 anos, então ainda não dá certo”, afirma a protética Érika Stadler, de 47 anos. “Acho bacana. Às vezes levava minha filha pra assistir, ela gostava. Fiquei sabendo que reclamavam e até tiraram o som da tomada um dia desses. É uma pena que irão mudar de lugar, agora vai ficar longe”, lamenta, entretanto concorda com a mudança do local se as aulas incomodam.