Um dia após vazamento de amônia, trabalhadores passam mal e são atendidos
Novos casos teriam sido registrados nesta sexta-feira
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Novos casos teriam sido registrados nesta sexta-feira
Representante do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de Campo Grande, Ivanilto Alves Pereira, afirma que na manhã desta sexta-feira (7), outros 10 funcionários do frigorífico JBS passaram mal em decorrência do vazamento de amônia ocorrido na tarde dessa quinta-feira (6), no setor de produção da unidade II.
Segundo relatos, os trabalhadores foram socorridos por veículo da empresa e encaminhados para atendimento médico. Um vídeo encaminhado ao Jornal Midiamax mostra o socorro oferecido aos funcionários.
Nas imagens, é possível ver um grupo de trabalhadores entrando em uma Kombi. Cerca de duas horas depois, oito dos 10 funcionários voltaram ao trabalho depois de passarem por avaliação médica.
Questionada a respeito do assunto, a assessoria de comunicação da JBS confirmou que 9 funcionários, e não 10 como informado pelo sindicato, passaram mal antes de entrar na unidade. Ele não chegaram a fazer troca de roupas,
alegaram estar sentindo náuseas e foram encaminhados para o ambulatório da unidade do frigorífico.
Funcionários da empresa dizem que por volta das 5h30 de hoje, equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local para analisarem se os setores poderiam ser liberados para funcionamento.
“Eles mediram o odor e liberaram apenas os locais onde entenderam que não apresentava risco”, diz um trabalhador. Equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental), Polícia Civil e do Ministério do Trabalho e representantes também estiveram no frigorífico.
Procurador do Ministério do Trabalho, Celso Fortes, diz que será analisado se houve descumprimento de medidas de segurança.”O inquérito já foi instaurado, estamos apurando por meio da perícia se houve descumprimento de alguma norma de segurança do trabalho. Se isso for comprovado a empresa será responsabilizada”.
Fortes esclarece que o frigorífico não está interditado e destaca que apenas os setores que não oferecem perigo estão funcionando. “Alguns setores não foram liberados. A única certeza que temos é de que houve falha no equipamento. Ainda estamos analisando o que provocou a falha, se foi manutenção ou operação. Ainda não conseguimos especificar o que aconteceu”, observa.
O vazamento, conforme as informações, partiu do equipamento que armazena a amônia. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo coordenador de Urgências da Prefeitura, Yama Higa, cerca de 80 funcionários tiveram de ser socorridos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e pelo Corpo de Bombeiros.
Dos trabalhadores que apresentaram sintomas de intoxicação 28 foram encaminhados para UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), CRSs (Centros Regionais de Saúde) e Hospital Regional. Os funcionários receberam atendimento médico, passaram por exames e foram liberados.
* Matéria alterada às 14:45 para adição de posicionamento da empresa.
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