Grupo tenta recursos para digitalização de acervo

Dirigentes de 14 emissoras públicas de Rádio e Televisão, incluindo a TVE-MS, se reuniram nesta quarta-feira (22) para propor que mais de 120 mil horas de conteúdo possam ser compartilhadas para possível venda. A ideia foi apresentado ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações).

A ideia do grupo é que o conteúdo seja disponibilizado em uma “nuvem” para possível venda ao mercado audiovisual tanto brasileiro quanto internacional. 

Levantamento do Fórum das Emissoras Estaduais Públicas de Rádio e Televisão, comandado pelo jornalista Sérgio Konayashi (TVE Paraná), revela que somado todo conteúdo das 18 emissores públicas do paós, pelo menos 120 mil horas de programação cultural poderiam ser comercializadas após digitalização.

Responsável pela TVE MS, Bosco Martins afirma que o acervo local é armazenado em fitas U-Matics, Betacans e DVDs que somam cerca de 2.500 horas de gravações.  No acervo relíquias como o “Casarão da Fazenda”, programa da década de 90 que tem o ídolo Michel Teló e sua sanfona aos 7 anos,  cantando “Galopeira.”  Além de Almir Sater, Paulo Simões, Geraldo Espíndola, Luan Santana, Grupo Acaba,  Délio e Delinha, em apresentações iniciais em suas carreiras.   

​Segundo Kobayashi, esse levantamento também é importante para saber os custos da digitalização. “Cada emissora tem que saber o que tem de acervo, para que a gente possa monetizar esses acervos. Porque a Ancine não entra com dinheiro simplesmente a fundo perdido. A Ancine entra com expectativa de ter receita sobre isso, mesmo que seja a longuíssimo prazo. Ainda que seja para recuperar em 30 anos. Ela faz o projeto, ela aprova e aplica o dinheiro,” explicou.