Tomando medicamentos, mulher com feto morto na barriga segue internada

O procedimento é normal e recomendável, diz obstetra

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O procedimento é normal e recomendável, diz obstetra

A espera de um aborto espontâneo, Gilcemara dos Santos, de 27 anos, permanece no Hospital Universitário de Campo Grande, completando 4 dias de internação, nesta segunda-feira (13). Durante uma consulta, na sexta-feira (10), foi constatada a morte do feto, de aproximadamente 18 semanas, através de uma ultrassonografia – não foi detectado o batimento cardíaco do bebê. Segundo obstetra, a espera pelo aborto espontâneo é recomendável.

“Continuo tomando remédio e nada de dilatação. Só sinto muita dor”, diz Gilcemara. Segundo ela, o parto de sua primeira filha foi realizado através de cesárea, pois os médicos disseram que a bacia dela seria muito pequena e não suportaria um parto normal. “Quando peço para os médicos tirarem, eles dizem que o bebê é pequeno e não teria problema, mas queria que eles tirassem”, reclama.

O irmão de Gilcemara, que procurou o Jornal Midiamax no último domingo para relatar a situação, afirma que a família tenta conversar com os médicos para que façam uma cesariana na jovem, mas não têm respostas dos médicos ou previsão para que o corpo dela consiga expulsar o feto morto.

Segundo a ginecologista e obstetra Luciene Lovatti, é normal e recomendável que espere-se que o corpo elimine o feto sem vida. “Deve-se fazer o acompanhamento e, se houver qualquer alteração, opta-se por alguma intervenção, mas os estudos mostram que é melhor esperar o aborto, pois há menos multilamento. Pode-se usar medicações para acelerar o processo”, explica. De acordo com a médica, em cerca de 4 semanas normalmente o feto é expelido.

 

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