Solurb atribui a problema bancário erro no pagamento dos funcionários
Trabalhadores receberam valores abaixo do salário
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Trabalhadores receberam valores abaixo do salário
Após a decisão que liberou R$ 4,9 milhões de uma conta judicial para a CG Solurb – concessionária responsável pelo lixo na Capital -, trabalhadores relataram, na segunda-feira (10), que não receberam os valores de forma correta. Alguns receberam apenas o ticket alimentação, outros, metade do salário, entre outras irregularidades. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa afirma que os problemas ocorrem no banco.
“Dentre os cerca de 1.200 funcionários, houveram alguns problemas como senha incorreta, cartão cancelado e até casos de pessoas recém admitidas que o banco ainda não havia encaminhado o cartão, no entanto, todos os casos pontuais estão sendo tratados e resolvidos”, afirmou a Solurb.
Um dos coletores, 35, contou ter recebido, na segunda-feira (10), menos da metade do salário e o ticket alimentação. Dos R$ 1117 que deveriam ter caído na conta dele, o trabalhador teve acesso à apenas R$ 500.
“Tive que sacar o dinheiro, que moro de aluguel, aí ficou luz e água sem pagar”, contou. O ticket que deveria ser de R$ 417, ele recebeu R$ 403. “Já procurei o sindicato e a empresa, já tirei uns 5 extratos hoje. Porque a gente trabalha um mês todinho, aí fica essa briga entre eles, no meu ponto de vista é uma briga de empresa, fica segurando nosso dinheiro”, relatou.
Ele trabalha na coleta seletiva e afirmou que um dos motoristas recebeu apenas R$ 200 do salário. Outro, no entanto, recebeu apenas o ticket alimentação.
Os funcionários paralisaram o serviço em protesto à falta de pagamento na sexta-feira (7). O desembargador Nicanor de Araújo Lima, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que os trabalhadores da Solurb voltassem ao trabalho no mesmo dia, ao julgar liminar da empresa.
O desembargado também determinou que seja devolvido para a Solurb R$ 4,935 milhões, paralisado na Caixa Econômica Federal, referente a ação movida pelo Steac (Sindicato do Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação em Mato Grosso do Sul). O valor deve ser utilizado para pagar os trabalhadores, de acordo com a decisão.
Os R$ 4,935 milhões, de acordo com a assessoria do TRT, são referentes à greve dos trabalhadores em 2015. Ocorre que durante a paralisação daquele ano, o Steac ingressou com ação na Justiça, que determinou que a Prefeitura depositasse mensalmente os valores em uma conta judicial. Esse dinheiro seria transferido pela Justiça para a Solurb.
O processo, no entanto, venceu em março, mas a Prefeitura ainda depositou o dinheiro este mês. Na liminar de sexta-feira, no entanto, a Solurb pediu que os R$ 4,935 milhões fossem repassados para a empresa, alegando como motivo o pagamento dos trabalhadores.
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