Sem ponte há 1 mês, crianças se esforçam para ir à escola

Estariam sem manutenção nas estradas há um ano

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Estariam sem manutenção nas estradas há um ano

Com uma ponte parcialmente caída há mais de um mês, as crianças do assentamento Estrela, a 31 quilômetros de Campo Grande, estão sendo obrigadas a arriscar suas vidas para ir à escola. De acordo com o agricultor José Valter, 46 anos, cerca de 66 famílias dependem da passagem para ter acesso ao outro lado do local e estariam improvisando passagem pelo meio córrego.

Segundo o presidente da Associação do Trabalhadores Rurais do Estrela, Raimundo Alves de Oliveira, 71 anos, a ponte teria começado a cair há mais de um mês e não teria nenhum outro acesso para os moradores daquele lado do assentamento. “Essa ponte caiu tem mais de um mês. Não tem outro lugar para eles passarem. São crianças, famílias. Se chover igual ontem isso aqui vai terminar de cair. Ai não vai ter nem essa passagem perigosa”, contou.

José Valter, afirmou que já teria entrado em contato com a prefeitura do município de Jaraguari, a 47 quilômetros da Capital. Mas que o prefeito teria informado que estaria sem caminhão para levar a máquina até o local. “Eu tenho contato com o prefeito nas redes sociais, falei com ele, ele disse que tá sem caminhão para trazer a máquina aqui, vai fazer licitação ainda. Tá sem caminhão aluga né? Isso aqui é obra emergencial. Vai esperar alguém cair e morrer aqui? ”, disse.

“São umas 30 crianças que dependem do ônibus para ir até a escola. Mas o ônibus não tá passando, elas estão arriscando a vida. É muito descaso. São 4 quilômetros a pé para chegar na escola”, explicou.Sem ponte há 1 mês, crianças se esforçam para ir à escola

A ponte é composta por cerca de 15 manilhas, onze delas já teriam caído e quatro ainda estariam em pé sustentando o restante de estrada que ainda daria para uma moto passar. “Alguém roubou os dois cabos de aço que sustentam as manilhas. Há mais de um mês caíram duas, depois mais duas e ai foi caindo o resto. Eu já avisei a prefeitura. Tá perigoso”, concluiu José.

No assentamento vivem cerca de 204 famílias, que estariam ficando ilhadas com os problemas nas vias, de acordo com o presidente da associação que nos levou a caminhar por outros lugares do acampamento. Estradas estreitas com erosões imensas, estariam deixando algumas famílias ilhadas.

“Cê tá vendo isso aqui”, gritou seu Manoel Lucas da Silva, 62 anos, enquanto se aproximava da equipe de reportagem. “Vamos mais lá para cima. Lá tá pior”, disse o também agricultor.

Uma subida íngreme e cheia de erosões. Os buracos tomavam conta da via inteira. “Tem umas doze famílias nesse lado. Se depender desse acesso para um socorro, não precisa mais vir Samu e sim perícia”, contou.

“Qualquer desavisado que passar por aqui tá correndo o risco, moça. A noite isso aqui é um perigos. Se chover mais a gente vai ter problema. Há mais de um ano não tem manutenção nessas estradas. A gente tem luz, tem água, mas não vamos mais ter acesso a nada”, concluiu.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a prefeitura de Jaraguari e aguarda retorno. 

 

*Colaborou Raiane Carneiro

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