Sem médico, gestante com sangramento tem de esperar 15 horas por ultrassonografia
Mulher está internada no Hospital Regional
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Mulher está internada no Hospital Regional
Falta de médico para realizar ultrassonografia pode levar a 15 horas de espera no Hospital Regional Rosa Pedrossian, localizado na região sul de Campo Grande. Conforme o entregador Everton Luiz de Souza Alves, de 27 anos, a informação foi repassada por funcionários da unidade, onde a mulher Janaína de Matos Cardoso, de 35 anos – gestante há quatro semanas – está internada desde que começou a apresentar sangramento no início da madrugada desta sexta-feira (14).
A denúncia do marido começa antes da espera pela ultrassonografia. Ele afirma que foi impedido de acompanhar a esposa durante consulta com o ginecologista/obstetra, de plantão, e que o profissional teria dito que a mulher deveria “parar de fazer filhos”.
A fala, segundo ele, estaria relacionada a episódio semelhante em agosto de 2016. Na época Janaína estava gestante há sete semanas e sofreu um aborto espontâneo um dia depois de apresentar sangramento e passar por consulta com o mesmo médico.
“No ano passado minha esposa estava grávida de sete semanas teve um sangramento e passou por esse mesmo médico que na ocasião disse que ela não tinha nada e que estava menstruada. No dia seguinte ela perdeu o bebê. Ontem, ela apresentou sangramento, passou pelo mesmo médico e ele disse que era frescura e que ela tinha de parar de fazer filhos. Esse médico não poderia atender mulheres. Isso é indignante”, lamenta.
Depois de passar pela consulta, a mulher foi levada para sala de observação, onde permanece sob medicação e aguarda pela ultrassonografia. Por volta das 9 horas de hoje, Alves diz que foi informado por outro médico de que o exame será realizado depois das 15 horas.
“Fui questionar sobre a demora e um médico me disse que o médico responsável pela ultrassonografia chega depois das 15 horas e que antes disso não tem ninguém para fazer o procedimento. Minha mulher continua sangrando e isso pode ser um princípio de aborto, mas não podemos fazer nada. Temos de esperar”, observa.
Reclamação sobre o atendimento médico foi registrada na Ouvidora do Hospital Regional. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação do local e foi informada de que a situação é checada com a direção. Até o fechamento deste texto não houve um posicionamento a respeito das situações relatadas.
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