Sem cuidado, árvores centenárias da Afonso Pena estão sob ameaça diária

Em apenas um dia, 4 caíram

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Em apenas um dia, 4 caíram

Apesar do status de cidade arborizada, a falta de manutenção tem ameaçado as árvores de Campo Grande, inclusive as centenárias da Avenida Afonso Pena – declarada como patrimônio histórico do Município e um dos principais charmes da cidade. Sem cuidado, as plantas adoecem e não aguentam nem mesmo as chuvas de verão; quatro caíram somente nesta terça-feira (21).

Na Afonso Pena, em frente à Escola Estadual Joaquim Murtinho, o verde é interrompido pelo contraste de uma figueira pálida já sem folhas. A menos de 100 metros dali, onde havia outra árvore, também centenária, restou apenas uma cratera no chão. A árvore foi removida em 2014 e nada foi replantado no lugar. O que ficou foi um vazio no cenário da avenida.

Além desse problema, a equipe de reportagem constatou a grande quantidade de formigueiros no na cidade, o que pode comprovar o desequilíbrio ambiental que o solo da cidade pode estar enfrentando. A Prefeitura de Campo Grande, responsável pela manutenção e manejo das árvores, não informou a periodicidade e de que maneira o trabalho é feito.

Segundo especialistas, esse tipo de problema pode ser facilmente evitado com a manutenção das espécies, que visa a eliminação de ramos secos, entre outras falhas. “O cuidado de fundamental importância para garantir uma arborização sem conflitos e um ambiente seguro e saudável para a população”, disse o biólogo Nilton Souza.  

Patrimônio da Capital

Em decisão de março do ano passado, o Tribunal de Justiça determinou o tombamento do canteiro central da Afonso Pena, incluindo as figueiras e sibipirunas do local. O tombamento é o ato de reconhecimento do valor histórico de um bem, visando à proteção do patrimônio cultural, histórico e artístico, transformando-o em patrimônio oficial que deve ser protegido por todos.

Conteúdos relacionados