Sem blitz ou radar, vias da Capital são pista de corrida e palco de tragédia

Apenas um a cada 105 veículos foram fiscalizados 

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Apenas um a cada 105 veículos foram fiscalizados 

A falta de fiscalização, aliada a ausência de mecanismos para combater as infrações de trânsito, tornaram ruas e avenidas da Capital ‘terras sem lei’. Condutores furam o sinal vermelho, usam o celular ao votante, conduzem embriagados e abusam da alta velocidade. Nos finais de semana, o cenário costuma ser pior

A começar pela Lei Seca, forma rigorosa de coibir o uso de álcool ao volante, que tornou cada vez mais raras na Capital. As ações são mais frequentes na parte da manhã, costumam ocorrer por volta das 7 horas e 8 horas, horário de alto fluxo, formado principalmente por condutores a caminho do trabalho.

No ano passado foram realizadas 384 Blitzes. O número pode parecer suficiente, praticamente uma por dia, mas para uma cidade 410 mil condutores, isso quer dizer que a cada 105 condutores, apenas um passou pelo policiamento. 
No Rio de Janeiro, por exemplo, a estratégia de intensificar as fiscalizações para combater a combinação entre álcool e volante é diária. Por lá, um a cada 11 veículos são fiscalizados na Lei Seca. 

O baixo efetivo da Polícia Militar e a falta de estrutura do Estado são apontados entre as dificuldades para colocar na rua a fiscalização noturna, explicou o comandante do 17º batalhão de trânsito, o Tenente-Coronel José Amotin Longatto.

Segundo ele, diferentemente de outros estados, o registro da infração em é feito somente em delegacias. “Não tem uma estrutura para lavrar a ocorrência no local. Nos finais de semana só podemos levar a duas delegacias, e para isso, dois policiais tem que se deslocar até lá, o que deixa a equipe desfalcada”. 

Líder em acidentes 

Com radares e lombadas eletrônicas desligados desde dezembro do ano passado, o abuso de velocidade é controlado por agentes de trânsito durante o dia, em alguns pontos. À noite, a falta de barreiras se tornou um convite para a alta velocidade. 
No dia 2 de novembro, a advogada Carolina Albuquerque, 23 anos, morreu em um acidente de trânsito na avenida no dia 2 de novembro, após ser atingida por uma caminhonete em alta velocidade.  

No primeiro semestre, a avenida Afonso Pena foi a campeã no ranking de acidentes registrados na Capital. No período foram 288 – pelo menos um por dia -, de acordo com classificação realizada pelo Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito).

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