Reinaldo Azambuja diz que Aquário do Pantanal teve erro de projeto e execução

Projeto foi criado pelo arquiteto Ruy Ohtake

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Projeto foi criado pelo arquiteto Ruy Ohtake

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou nesta quinta-feira, 16, que o Aquário do Pantanal, obra paralisada desde 2015, tem erros de projeto e execução. O projeto foi assinado pelo  arquiteto Ruy Ohtake –  considerado um dos nomes mais importantes da arquitetura brasileira -, já o serviço de execução foi prestado pelas empreiteiras Proteco Construções e Egelte Engenharia, que durante os últimos seis anos travaram um impasse com o governo do Estado.

“É uma obra orçada em R$ 84 milhões do governo anterior,  pagaram mais de 200 milhões. Olha só tamanho do erro no projeto e execução de estrutura”, disse o governador. A construção do Aquário começou em abril de 2011 e o valor inicial do investimento era de R$ 84.749.754,23.

Neste período, duas empreiteiras já passaram pelo canteiro de obras do projeto assinado por Ruy Ohtake. O projeto em forma de elipse ganhou destaque em razão de sua arquitetura original e inovadora.  É complexo e, por isso, impôs desafios à engenharia. Com 27 mil m² de área construída, a obra no Parque das Nações Indígena, reuniria mais de 12 mil peixes, de 135 espécies diferentes.

A construção, inicialmente, ficou por conta da Egelte, vencedora do processo licitatório em 2010. A empresa tocou a construção até março de 2014, quando subcontratou  integralmente a execução de todo o remanescente da obra, transferindo-a à Proteco. Neste conflito, já se passam quase quatro anos do primeiro prazo estabelecido para a entrega.

O governador afirmou sua intenção de concluir a obra, mas se depender do Estado, os investimentos para conclusão serão iguais a zero. O montante citado por Azambuja refere-se somente ao valor contratado, até agora foi pago pouco mais de R$ 170 milhões, ainda falta repassar R$ 16 milhões – que estão no caixa do governo, portanto, ainda são necessários em torno de R$ 14 milhões.

Para resolver o impasse que se arrasta desde 2011, o governador tentar emplacar uma  parceria público-privada para dividir os custos, ou no melhor dos cenários, não precisar investir mais nenhum valor.   “Estou confiante de que vamos finalizar essa parceria. Algumas pessoas nos cobram e claro que tem o direito de cobrar”, comentou.

O Grupo Cataratas informou que foi procurado no fim do ano passado pelo Governo do Estado do Mato Grosso do Sul para contribuir com ideias e fazer ajustes no projeto que possibilitem a conclusão das obras do Aquário do Pantanal o mais rápido possível. “O Grupo ratifica o interesse em assumir a operação após a conclusão das obras, tendo como base a expertise adquirida em outros ativos como o Aquário Marinho do Rio de Janeiro, Cataratas do Iguaçu, Zoológico do Rio, Marco das Três Fronteiras, entre outros. Atendendo a um pedido do governador, o Grupo Cataratas realizará um diagnóstico preliminar a ser apresentado ao Governo do Estado”.

Matéria alterada às 13h18min para acréscimo de informações.

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