Radares e lombadas desligados tiram R$ 9 milhões da receita da prefeitura

Aparelhos foram desativados em dezembro do ano passado

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Aparelhos foram desativados em dezembro do ano passado

A prefeitura de Campo Grande deve concluir o processo licitatório para a escolha da empresa que vai cuidar da fiscalização do trânsito por meio de lombadas eletrônicas e radares, desligados desde dezembro do ano passado, até o mês que vem, agosto, no caso. Concorrência por serviço público dura em torno de três meses, não sete meses, como o que ocorre com o certame de agora. 

Sem funcionar tais equipamentos, o município fica sem arrecadar algo perto de R$ 9 milhões, se considerado o número de multas aplicadas por estes aparelhos, aproximadamente 100 mil, no período de janeiro a junho do ano passado. Ja neste ano, no primeiro semestre, sem os acessórios funcionando, o número de multas caiu para em torno de 500.

Em 2016 inteiro, a prefeitura arrecadou R$ 18,2 milhões com as transgressões de motoristas e motociclistas que circularam pela cidade em velocidades superiores as permitidas por regra.

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, foi quem disse que o desfecho do processo licitatório para reativar as lombadas eletrônicas e radares, deve ser anunciado até o fim de agosto.

Ele informou que assim que assumiu a pasta, em janeiro deste ano, notou que a estrutura da Agetran estava perto do sucateamento, daí a demora na concorrência pelo novo contrato..

O diretor afastou a possibilidade de a prefeitura ter suspendido a fiscalização porque o Ministério Público Estadual descobriu que em torno de 20 dos 66 aparelhos da empresa Perkons, que cuidava do serviço, não estariam apropriados para a aplicação de multas.

Radares e lombadas desligados tiram R$ 9 milhões da receita da prefeitura

“Não, [recomendação do MPE] em nada influiu na suspensão do serviço. Acabou o contrato, só isso. Agora, a situação é resolvida pela nova licitação”, disse Janine.

A Perkons manteve os radares funcionando, contudo, sem valer as multas. A intenção, segundo a direção da empresa, que cuidou do serviço de 2010 até dezembro deste ano, é uma maneira de induzir o motorista cumprir as regras do trânsito, mesmo com a fiscalização simbólica.

 

 

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