Pronto Socorro exclui atendimentos e repasse milionário pode ser reduzido em abril

Santa Casa parou de atender pacientes sem urgência

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Santa Casa parou de atender pacientes sem urgência

A conta é simples: Menos pacientes, custo menor. Por causa disso, a Prefeitura de Campo já estaria estudando diminuir os repasses que hoje somam R$ 20 milhões ao mês a Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa. O Pronto Socorro do hospital fechou suas portas para os pacientes considerados sem gravidade.  A mudança provocou a redução de 75% nos atendimentos e passou a atende 50 pacientes, em média.

Até sexta-feira passada, a Santa Casa era o único hospital público da Capital aberto a receber pacientes sem agendamento prévio no Estado. Desde então, a instituição atende somente casos considerados de urgência e emergência, por determinação da Prefeitura de Campo Grande. A medida seria uma forma de barrar a demanda do interior de Mato Grosso do Sul, que representa 30% do recebimento do hospital.

Por causa das mudanças, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não descarta que o valor repassado ao hospital seja reduzido. Atualmente, o município repassa R$ 20 milhões, sendo que 4,6 milhões é por parte da Capital, acrescidos de R$ 2,5 milhões do governo estadual e o restante, em torno de 12 milhões, é verba da União. Como Campo Grande é gestão plena, ou seja, ela quem administra os recursos, as fatias dos repasses são enviados em um só contrato.

De acordo com a pasta, o aditivo com o hospital, que expirou em dezembro do ano passado, foi prorrogado até o dia 31 de março deste ano, portanto, os valores poderão ser revistos em abril. Até lá, a implementação do sistema de regulação não irá
refletir na questão financeira.

Para o hospital, a realidade é que, tecnicamente, a prefeitura não reduziu o atendimento do hospital, e descarta a possibilidade de redução dos R$ 20 milhões. Em nota da assessoria de imprensa, a administração disse não acreditar que o valor sera reduzido. “Não acredita-se que diminuirá pelo fato do hospital trabalhar acima das metas pactuadas e o valor repassado ser bastante inferior à realização de serviços, o que impõe ao mesmo um déficit mensal milionário. Este déficit é cobrado na Justiça Federal desde o ano passado conforme noticiado à época”.

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