‘Proincs’ reclamam de demissões e Prefeitura diz que estavam irregular

Trabalhadores prestavam serviço à Prefeitura

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Trabalhadores prestavam serviço à Prefeitura

Trabalhadores do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), que prestavam serviço à Prefeitura, foram desligados do programa sem maiores informações, na última segunda-feira (13), em Campo Grande. Um grupo de aproximadamente 30 pessoas foi até a Prefeitura, na manhã desta terça-feira (14) cobrar um posicionamento sobre o fim dos trabalhos. 

Os bolsistas alegam que foram demitidos após denunciarem à imprensa que assumiam funções que não são contempladas pelo programa, e que trabalham no lugar de servidores concursados para realizarem trabalhos como agentes de endemia. Os ‘Proincs’ ainda haviam reclamado do atraso no pagamento dos benefícios e do ‘sacolão’ que é entregue mensalmente. 

De acordo com o diretor presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), Cleiton Franco, são 76 bolsistas desvinculados do programa, que estavam em função irregular já que o prazo máximo da contratação é de 24 meses.

Os desligados do Proinc trabalhavam na CCEV  (Coordenadoria de Controle de Endemias e Vetores). Eles afirmam que após a denúncia de desvio de função, foram proibidos de fazer visitas nas casas e destinados apenas aos terrenos baldios. Na última segunda, quando retornaram do turno, às 13 horas receberam a informação que estava demitidos. 

Conforme o secretário, além dos bolsistas do CCEV, outras 150 pessoas devem ser desvinculadas nos próximos meses. Elas devem a partir de amanhã, procurar a Funsat e agendar uma entrevista. Os trabalhadores que comprovarem situação de vulnerabilidade, serão encaminhadas às outras secretárias do município.

Entre os bolsistas desligados, há várias gestantes. Uma delas, uma jovem de 22 anos, contratada há 1 ano e 4 meses, disse que teve o contrato renovado para mais 6 meses, no último mês de janeiro. Segundo a jovem, as gestantes estariam sendo pressionadas durante o trabalho e tendo dias descontados, pois, os atestados médicos não seriam aceitos. 

Sobre as pessoas que já estão cadastradas há 24 meses, o titular da Funsat disse que a Agência vai tentar reinserir no mercado formal de trabalho. Caso não consigam, vão estudar a possibilidade de cadastro novamente no programa. 

Com relação às gestantes, o secretário disse que terá que ser verificada a situação, pois o programa não teria obrigação formal com elas, ainda mais, estando irregular por conta do prazo de 24 meses.