Produtos da agricultura familiar abastecerão Santa Casa de Campo Grande

Possibilitará a comercialização de produtos

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Possibilitará a comercialização de produtos

O deputado João Grandão (PT) foi à tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quarta-feira (12) e enfatizou a importância de um convênio que possibilitará aos agricultores a comercialização de produtos junto à Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa. 
 

Grandão participou de um ato no hospital e fez o contraponto a afirmações do deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ) contra os quilombolas. 

“O Bolsonaro disse que as comunidades quilombolas eram  empecilhos, mas isso é um absurdo completo e me emociono ao dizer que, da produção da agricultura familiar, que inclusive atenderá agora a Santa Casa, duas são de comunidades quilombolas, que são Buriti e Furnas”, disse.

Grandão, que é vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Casa de Leis, explicou que são servidas cinco mil refeições diariamente no hospital, que contarão agora com alimentos produzidos nas comunidades e por cooperativas de orgânicos. Lembrou que, em 2003, foi relator da proposta, na Câmara Federal, que criou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Graças a essa iniciativa, hoje, pelo menos 30% dos alimentos que são servidos na merenda escolar em todo o Brasil devem ser provenientes da agricultura familiar, o que é de suma importância para todos nós”, afirmou.

O deputado também defendeu mais investimentos e parcerias e lembrou que os produtores precisam de apoio técnico para obter produção em escala. “Não dá para atender um hospital, por exemplo, e ter alface e fruta hoje e não amanhã, e, nesse sentido, é que os agricultores precisam de parcerias e de garantias para a comercialização, para que possam também investir mais na produção”, analisou. Em aparte, o deputado Lidio Lopes (PEN) parabenizou a direção da Santa Casa, pelo convênio com os produtores, considerando que atualmente a maioria dos hortifrutis consumidos em Mato Grosso do Sul vem de outros estados. “Temos que ter mais empenho em ajudar os nossos produtores, dando condições para que eles produzam e possam colocar os alimentos em mais mesas aqui em nosso Estado”.

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