Prefeitura vai ‘enxugar’ número de ‘Proincs’ após detectar irregularidades

Pela manhã houve protesto na Prefeitura 

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Pela manhã houve protesto na Prefeitura 

A Prefeitura de Campo Grande vai fazer um enxugamento no número de trabalhadores do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), que prestavam serviço ao Município por meio de uma parceria com União, isto porque, de acordo com o prefeito Marquinhos Trad (PSD), uma série de irregularidades foram detectadas nas contratações.

“Detectamos que foram colocados verdadeiros cabos eleitorais lá dentro, alguns estão a dois anos ao arrepio da lei, outros que recém saíram do serviço e já ocuparam uma vaga em desvio de função absoluto. Não posso manter no Proinc pessoas que têm diploma”, disse o prefeito durante agenda pública nesta terça-feira (14).

Conforme Marquinhos Trad, além das irregularidades encontradas, o número de funcionários é “exagerado. Segundo o prefeito, quando começou o programa contava com 400 funcionários no fim da última gestão o número chegou a 1500. “Entre 2014 e 2015 se contratou quase 700 pessoas”, explica.

O edital do Proinc lista uma série de exigências, entre elas que o participante esteja desempregado e  trabalhe em funções específicas, como limpeza, consertos, capina, varrição,   roçado, remoção de entulhos em áreas públicas. Além disso, o contrato é temporário. Contudo, conforme Marquinhos Trad, as exigências não vinham sendo cumpridas. Por causa disso, um levantamento será feito entre os participantes para saber quem de fato atende ao que exige o edital do Proinc.

Na manhã desta terça-feira (14), cerca de 30 trabalhadores do Proinc que foram desligados do programa sem maiores informações foram até a Prefeitura cobrar um posicionamento sobre o fim dos trabalhos.

Os bolsistas alegam que foram demitidos após denunciarem à imprensa que assumiam funções que não são contempladas pelo programa, e que trabalham no lugar de servidores concursados para realizarem trabalhos como agentes de endemia. Os ‘Proincs’ ainda haviam reclamado do atraso no pagamento dos benefícios e do ‘sacolão’ que é entregue mensalmente.

De acordo com o diretor presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), Cleiton Franco, são 76 bolsistas desvinculados do programa, que estavam em função irregular já que o prazo máximo da contratação é de 24 meses.

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