Prefeito diz que tarifa poderia chegar a R$ 4,10 sem isenção para empresas

Reajuste ainda não tem data prevista 

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Reajuste ainda não tem data prevista 

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) deu como certo o reajuste da tarifa do transporte coletivo em Campo Grande, e adiantou que a passagem pode chegar a R$ 4,10, caso o Consórcio Guaicurus não receba isenção fiscal. A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (30), durante agenda pública. 

Na condição da isenção do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Quaisquer Natureza) ser mantida, o impacto pode ser menor, e a tarifa sobe de R$ 3,55 para R$ 3,70, um aumento de R$ 0,15 (4,2%). O último reajuste foi em dezembro de 2016, quando a tarifa foi de R$ 3,25 para R$ 3,55.

De acordo com Marquinhos, o contrato com a empresa garante o reajuste anual da passagem, independentemente da liberação dos impostos, e por isso o aumento está por vir.  O chefe do executivo municipal disse ainda que para o novo valor começar a valer, o município precisa analisar decisões judicias, isso porque a Justiça suspendeu a data-base escolhida pelo o ex-prefeito Alcides Bernal (PP). “Estamos vendo uma data para ver a partir de quando vai valer”, avisou. 

Marquinhos apontou cinco elementos levados em consideração para o cálculo da nova tarifa, à exemplo do preço do diesel; o combustível apresentou variação de 6,8%. Segundo ele, a empresa registrou queda de 7% no número de passageiros. A compra de novos ônibus também entra na conta; foram 40 veículos, assim como o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).  

O prefeito lembrou a compra de 40 carros pela empresa, mas ao ser questionado sobre o sumiço dos ônibus com ar-condicionado, ele deu uma resposta inusitada. “Tem acusação que até o Michael Jackson está vivo”, disse. 

Em março, a prefeitura concedeu isenção fiscal aos empresários do transporte coletivo, algo em torno de R$ 700 mil, em troca de melhorias nos terminais e compra de novos carros.  A isenção foi autorizada aos empresários do transporte em 2013, e com o benefício R$ 40 milhões deixaram de ser repassados a cidade. Enquanto as empresas mantinham a economia, seu faturamento anual chegou a R$ 143 milhões. A volta da cobrança começa em abril, de acordo com o cálculo base do tributo, de 0,5%, as empresas terão que repassar R$ 781 mil de sua receita por mês.

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