Planos da Uber vão além de transporte de passageiros, mas CG deve esperar
Midiamax esteve na sede da empresa
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Midiamax esteve na sede da empresa
Os planos da Uber não se reduzem a apenas um aplicativo de carona. Nesta quinta-feira (29) a equipe de comunicação recebeu jornalistas das capitais do centro-oeste para expor diversos produtos da empresa, inclusive alguns que já estão em teste no Brasil e no mundo, mas sem previsão para chegarem em Campo Grande.
O Jornal Midiamax foi um dos cinco veículos de comunicação convidados para conhecer as novidades da Uber. A repórter teve as despesas de voos, hospedagem, alimentação e, é claro, transporte pagos pela empresa para participar de palestras na sede da Uber, em São Paulo.
Novos produtos
Uber EATS é a plataforma que pode chegar em terras campo-grandenses em menor prazo, porém ainda sem previsão. Já em funcionamento em São Paulo, o aplicativo une a comodidade de pedir refeições de onde você estiver, com a logística de entrega tendo como pano de fundo o sistema da Uber.
No caso, os motoboys, e até ciclistas, mais próximos do restaurante serão acionados automaticamente quando uma refeição estiver próxima de ficar pronta. E, o mais importante, você poderá acompanhar o trajeto do seu pedido.
O sistema para donos de restaurantes é capaz de gerenciar todo o negócio, como por exemplo, tornar indisponível pratos que levam determinado ingrediente que está em falta, além de diversos relatórios.
Mesmo a modalidade uberPOOL do já conhecido aplicativo de caronas da Uber ainda não tem previsão para chegada em Campo Grande. A empresa alega que para implantar a modalidade são necessários alguns requisitos, como densidade de usuários e motoristas parceiros.
Com uberPOOL as viagens podem ser compartilhadas, diminuindo o custo para os usuários. O serviço chega a ser até 40% mais barato que o uberX. Ao solicitar um carro pelo uberPOOL, após definir o trajeto, o aplicativo encontrar outras pessoas que estão indo para a mesma região. Dessa forma, até 3 pessoas, além de você, compartilham a corrida para baratear os custos. Segundo a empresa, no mundo atualmente 4% das viagens são compartilhadas e a projeção é que em 2030 a porcentagem suba para 25%.
O serviço uberFreight já está em testes nos Estados Unidos há pouco mais de um mês e não tem previsão de chegada no Brasil. Funciona de forma semelhante ao aplicativo que estamos acostumados a usar, mas com transporte de cargas. A modalidade conecta caminhoneiros a empresas que precisam transportar objetos de uma cidade para outra.
Com testes previstos para se iniciarem em 2020 em Dubai, nos Emirados Árabes, a empresa vai ‘verticalizar’ os serviços com o que será chamado de UberAIR. Os serviços de táxi aéreo dever ser oferecidos somente em 2023. O resultado disso vem de uma parceria da Uber com a brasileira Embraer para o desenvolvimento de VLOTs, sigla em inglês que designa aparelhos capazes de realizar decolagem e aterrizagem vertical.
Viagens centralizadas
Já a Uber for Business pode ser utilizada em qualquer cidade em que a Uber esteja presente. Trata-se de um sistema onde empresas definem um perfil que pode ser adicionado no aplicativo dos funcionários. Os pagamentos das viagens realizadas pelos colaboradores são centralizados e são debitados diretamente da empresa.
O gestor define as regras de horários, datas e endereços em que as viagens podem ser realizadas. Além disso, o sistema emite diversos relatórios para análise de dados.
De forma semelhante funcionam o UberCENTRAL e UberEVENTS. Na primeira modalidade, uma empresa pode oferecer viagens para seus clientes. Na segunda, de olho nos eventos, permite que organizadores de festas, shows, feiras, entre outros, disponibilizem corridas para seus convidados.
Regulamentação
Apesar do contato presencial, a equipe de comunicação da Uber não deu mais detalhes sobre regulamentação nas cidades, porém voltou a criticar a forma como o decreto que regulamenta o aplicativo em Campo Grande engessa a atividade. “Estão querendo transformar a Uber em táxi. A regulamentação é importante, porém deve ser uma legislação moderna que fomente inovações”, defende Fábio Sabba, diretor de comunicação da Uber.
Após diversas reuniões no Paço Municipal, onde foram ouvidos diversos setores interessados, como representantes dos taxistas, motoristas de aplicativos, vereadores e procuradores do trabalho, a Prefeitura publicou o decreto no dia 16 de maio. Pela medida motoristas devem passar por treinamento e obriga que os carros estejam no nome dos condutores, além disso, o decreto obriga o uso de placas de veículos de transporte. Para Sabba as regras desestimulam os motoristas que podem abandonar a plataforma.
Motoristas tem 120 dias a partir da data de publicação do decreto para se adequarem às regras e as operadoras tem o prazo de 60 dias. Sabba afirma que a Uber permanece em diálogo com a Prefeitura.
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