Pacientes dizem que tiveram atendimento negado e criam confusão em UPA

Funcionários teriam trancado a sala de triagem

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Funcionários teriam trancado a sala de triagem

Tumulto e desentendimentos foram testemunhados no UPA das Moreninhas na tarde desta segunda-feira (20). Segundo relatos de alguns pacientes, funcionários da unidade teriam negado atendimento e, inclusive, trancado a porta da sala de triagem. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) alega que não houve problemas de atendimento no local.

Segundo relato de acompanhantes, os pacientes começaram a ser chamados apenas quando a reportagem do Jornal Midiamax chegou à unidade.

Robson de Souza, de 34 anos, que trabalha como autônomo estava na UPA acompanhando a esposa, que passava mal, apresentando vômito e chegou a desmaiar. Segundo ele, funcionários teriam dito que não haveria atendimento e também não havia macas para acomodar a mulher. “Liguei para o Samu vir buscar, mas não vieram porque disseram que ela já estava em atendimento”, contestou ele.

O vendedor Richard Almeida, de 24 anos, levou a esposa gestante de 3 meses com dores na barriga. Eles esperam o primeiro filho. A eles também teria sido dito que não haveria atendimento.

Pacientes dizem que tiveram atendimento negado e criam confusão em UPA

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Sem ser atendida na UPA Universitário no domingo, a operadora de caixa Laureane dos Santos, de 19 anos, também afirmou que foi informada que não seria chamada. “Ontem já fui no (UPA) Universitário. O médico me mandou embora. Disse que nao daria conta de atender o monte de ficha que tinha. E hoje cheguei no (UPA) Moreninha e falaram que não iam atender”, reclama.

Richard também disse que após entrar para consulta, sua esposa ligou e afirmou que um agente da Guarda Municipal a teria ameaçou, dizendo que o marido seria processado por ter reclamado.

Consultada pela reportagem do Jornal Midiamax, a Sesau declarou que “não houve recusa no atendimento dos pacientes”. Conforme nota enviada, havia cinco médicos fazendo o atendimento na unidade nesta tarde.

Em relação a acompanhamento, “o paciente tem direito a um acompanhante durante o atendimento somente dentro dos critérios preconizados pelo SUS, ou seja, se ele for maior de 60 anos, possuir alguma deficiência ou menor de idade. Nos demais casos, o acompanhamento é dispensável”.

O posicionamento da Sesau quanto a um possível desentendimento entre o agente da Guarda Municipal e o marido da paciente, “a informação é de que o rapaz teria ficado exaltado ao ser repreendido pelo servidor por adentrar em local de acesso restrito usando um celular, provavelmente tirando foto ou gravando” e que “toda a assistência necessária foi prestada a paciente que foi atendida, medicada e logo em seguida liberada”.

Assista ao vídeo:

 

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