Situação é semelhante em todos os postos de saúde 

A espera por uma consulta médica do Universitário chega a 6 horas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no primeiro dia da greve deflagrada pelos médicos da Prefeitura de . A categoria quer um reajuste que pode triplicar o salário base, atualmente de R$ R$ 2.516,72.
 
A reportagem do Jornal Midiamax esteve na unidade durante a manhã e acompanhou a longa espera de quem aguardava uma consulta. Entre casos graves e leves; como um resfriado, muitos pacientes não suportaram a espera e retornaram para suas casas sem solução. “O jeito é se automedicar para tentar aliviar”, disse um rapaz que afirmava ter esperado por 4 horas. A escala da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de hoje (26) indicava a presença de 6 médicos. 

Já passada do meio-dia quando a ficha de chamadas da triagem marcava o último paciente às 10h45min, ou seja, foram quase duas horas para ter os diagnósticos inicias que indicam o risco dos sintomas. A ANS (Agência Nacional de Saúde) estabelece a espera para esse procedimento não pode ser superior a duas horas. 

O vistoriador veicular Jobson Nunes, 29 anos, disse ter chegado às 7h30min na expectativa de que o atendimento não seria imediato, mas passadas 5 horas ele continuava aguardando na fila. “Não tenho outra opção, estou com dor, e voltar para a casa é pior”, disse. 

O Sinmed (Sindicato dos Médicos do Mato Grosso do Sul) sustenta que todos os 1,1 mil que prestam atendimento na rede comparecem normalmente aos postos de trabalho, e o que ocorrerá é o aumento do tempo entre um paciente e outro. O maior problema poderá ser notado nas unidades básicas, onde 30% do efetivo está trabalhando. A escala da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de hoje (26) indicava a presença de 6 médicos. 

Nova proposta 

A Prefeitura de Campo Grande avisou que na quinta-feira (29) os médicos receberão uma nova proposta de reajuste salarial, mas nos próximos três dias a categoria deve continuar na ‘Operação Tartaruga'.  A última proposta da prefeitura ofertava um reajuste de 6% sobre os plantões que custam R$ 930. O percentual é significativamente abaixo do 27% pleiteado pela categoria.