Caso envolve ‘briga’ entre os pais pela guarda da criança
A Juíza Paulinne Simões de Souza, da comarca de Bonito, a 300 km de Campo Grande, usou sua página no Facebook, na tarde de ontem, terça-feira (27), para comentar o caso de um suposto abuso contra uma menina de 3 anos. Além disso, em seu post, a magistrada pediu que postagens desnecessárias sobre o caso não sejam realizadas.
O caso ganhou repercussão após matéria do Jornal Midiamax que relatou a suspeita de uma mulher de 29 anos de que a filha de três anos tivesse sofrido abusos sexuais, pelo pai de 60 anos, com quem dividia a guarda da menina.
Relatos da genitora informam que as suspeitas começaram há cerca de três meses, quando a filha retornou da casa do pai reclamando de dores nas partes íntimas. Levada ao médico o laudo não teria comprovado a conjunção carnal, porém, comportamento da menina chamou a atenção da médica, que orientou a mãe procurar a Polícia Civil.
Diante da grave informação, a mãe foi chamada a uma audiência, na tarde de ontem, aonde após acordo entre as partes conseguiu a guarda definitiva da criança.
Por volta das 11h30, a juíza reiterou o compromisso do Poder Judiciário com o caso e que compartilhamentos de exposição da criança fossem paralisados.
Confira na íntegra:
Relutei muito em escrever mas, sobre o caso da criança veiculado, à exaustão, através do facebook e da mídia, necessário esclarecer que ambas as partes, há meses, estão sendo muito bem assistidas pelas Defensoras Públicas de Bonito e todas as decisões estão sendo proferidas após cuidadosa análise dos fatos existentes no processo e com a devida concordância do Ministério Público.
O Poder Judiciário de Bonito não está inerte frente a situação, está agindo de forma célere em benefício da criança, o processo está em ainda em andamento e solicita que postagens, em especial, compartilhamento de vídeos, e comentários desnecessários não sejam feitos, a fim de que não inflame ainda mais os ânimos das partes e preserve a criança, tal como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Não responderei a indagações porque não sou órgão consultivo e o caso está sob segredo de Justiça.