Medicação à jovem será interrompida

O dia em que o nasce, é também o dia em que a mãe, Renata Souza Rocha, 22, morre oficialmente. Os sinais vitais da jovem, diagnosticada com morte cerebral no dia 30 de janeiro, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral), foram mantidos para sustentar a gestação. Porém na manhã desta sexta-feira (31), uma cesárea de emergência foi realizada, após Renata apresentar um quadro de instabilidade.

A equipe médica esperava a gestação atingir pelo menos 28 semanas, porém para preservar a saúde do bebê, os médicos decidiram pela retirada do bebê. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, é possível que Renata estivesse sofrendo algum tipo de infecção.

A cirurgia foi realizada por volta das 11 da manhã e nesta tarde o hospital vai desligar os equipamentos e interromper a medicação. Conforme divulgado pela assessoria de imprensa da Santa Casa, no momento a família aguardam o corpo da jovem “parar”. Eles estão inconsoláveis e ainda não viram o bebê.

Yago nasceu com 27 semanas e 3 dias, por volta das 11 horas, com 34 cm e 1,5 kg. O bebê está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e não tem previsão de alta. De acordo com informações do hospital, tudo depende de como ele vai reagir ao tratamento.

O caso de Renata – que estava sendo mantida aos cuidados de uma equipe especializada 24h para concluir a gestação -, é raro e o 3º no Brasil. A assessoria de imprensa da Santa Casa explicou que só foram registrados outros dois casos semelhantes, um em Campo Largo, Paraná, e o outro em Colatina, Espírito Santo.

A família havia inicialmente declarado a intenção de doar os órgãos de Renata, porém o procedimento não será possível. Devido ao quadro de instabilidade, a jovem pode ter sofrido algum tipo de infecção, o que torna impossível a doação de órgãos.