Moradores chamam a Guarda para grávida que improvisou barraco em praça

Casal teria ficha criminal e faria algazarra

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Casal teria ficha criminal e faria algazarra

Elaine Francisca Costa acordou na manhã deste domingo (28) com as vozes dos homens da Guarda Municipal. Grávida de gêmeos, aos 24 anos, ainda não tem endereço fixo.  Há quatro dias está morando com o marido Valgremir Santana Vieira em um barraco de lona em frente à Feira Livre de Dourados na Vila Adelina.

Os moradores da região, sentindo-se incomodados com a presença do casal que instalou há quatro dias a “casa” em um terreno abandonado, chamaram a Guarda Municipal sob a alegação que eles estariam perturbando por que estão sempre bêbados.

Como não estão cometendo nenhum tipo de crime foram orientados pela Guarda para deixar o local e procurar ajuda da Assistência Social da Prefeitura. O casal pretende ficar mais uma semana no local até conseguir dinheiro para comprar passagem para seguir até a cidade paranaense de Maringá, onde mora a mãe de Elaine.

Durante trinta dias Elaine e Valgremir “moraram” na BR 163. Saíram de Campo Grande e neste período empurrando carrinhos de supermercado, passaram por Anhandui, Nova Alvorada do Sul, Aroeira, Rio Brilhante e outros pequenos lugarejos até chegar a Dourados. Valgremir é de Campo Grande onde conheceu quem considera o amor de sua vida.

Elaine é de Maringá e seu sonho é voltar a morar perto da mãe que já cuida de sua filha de seis anos de idade. “Quero dar um casa de verdade para os meus gêmeos que logo vão nascer”, disse a mulher que a exemplo do marido fuma bastante e vive sempre sob o efeito de bebidas alcoólicas.

Conforme levantamento feito pela Guarda Municipal nos sistemas de informação da Justiça, tanto a mulher quanto o marido tem extensa ficha criminal, como cárcere privado, desobediência a ordem judicial entre outros pequenos crimes de menor potencial ofensivo. Apesar da vida pregressa não existe nenhum mandado de prisão contra o casal que nestes quatro dias em Dourados vem recebendo a ajuda de muitas pessoas.

Valgremir disse que nesta vida de “morador do mundo” encontra muitas pessoas más e insensíveis, mas mesmo assim recebem ajuda. “Assim que montamos nossa barraca aqui na Feira, recebemos doação de alimentos para mais de um mês e várias roupas”, disse o marido que anda preocupado com a gravidez da mulher e como fará para cuidar os gêmeos.

A casa da mãe de Elaine em Maringá será uma espécie de porto seguro, disse Valgremir que vai deixar Dourados assim que conseguir as duas passagens de ônibus. “Hoje a tarde um pastor evangélico que tem ajudado a gente vem nos buscar para irmos a igreja”, finalizou Valgremir que afirma estar cansado da vida que esta levando apesar de não saber como fazer para encontrar um novo caminho para a família que está formando.

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