Médicos não recebem e ameaçam paralisar atividades na Cândido Mariano

Segundo relatos, salários de dezembro e janeiro não foram pagos

Médicos da Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, ameaçam paralisar as atividades por falta de pagamento. Segundo relatos dos profissionais que trabalham no local, até esta quarta-feira (15), os salários de dezembro de 2016 e janeiro de 2017 ainda não foram pagos.

Uma funcionária, que prefere não se identificar, afirma ao Jornal Midiamax que a administração da maternidade alega a falta de repasses da Prefeitura. Conforme as informações, a diretoria aguarda o envio do recurso para efetuar o pagamento dos profissionais. 

Até o momento a diretoria do hospital não se manifestou a respeito da situação. A trabalhadora diz ainda que a situação foi informada ao Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), mas nenhuma medida foi adotada.

“Os colegas já falaram com o sindicato, mas não houve nenhuma resposta. Têm profissionais que dependem exclusivamente dos plantões da maternidade e precisam do dinheiro para pagar suas contas”, observa.

Na semana passada, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que o dinheiro repassado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), para que a Prefeitura de Campo Grande faça o custeio de prestadores de serviço como o Hospital São Julião e a Maternidade Cândido Mariano, foi usado pela gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) para cobrir folha de pagamento. 

A assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) afirma que a situação do repasse deve ser regularizada entre a próxima sexta-feira (17) e a segunda-feira (20). Além disso, está prevista, nesta quinta-feira (16), uma reunião entre a o chefe da pasta e a diretoria do hospital para discutir o assunto.

O presidente do Sinmed, Flavio Freitas Barbosa, foi procurado pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax e de acordo com a assessoria de comunicação ele está em viagem e deve dar um retorno sobre a questão ainda nesta tarde.